terça-feira, 19 de abril de 2011

(2011/236) Novo artigo na Pistis e Praxis, da PUC-PR: "Uma classificação contemporânea para as teologias"


1. Acabou de sair o número on-line da revista Pistis e Praxis, da PUC-PR. Há um artigo meu lá: "Ontologia, metáfora e fenomenologia - uma classificação contemporânea para as teologias". O objetivo do artigo é superar a classificação tradicional da teologia, uma vez que ela atende apenas a plataforma cristã. Todavia, hoje, depois de 1999, após o ingresso formal da Teologia na Graduação (Bacharelado) do MEC, a disciplina faz-se representar não apenas por cristãos, conquanto ainda esmagadoramente majoritários, mas, igualmente, e nas mesmas condições legais, por umbandistas, kardecistas e messiânicos.

2. Postular uma classificação para a Teologia, que incorpore os novos atores da disciplina - evidentemente, minoria - é, por isso mesmo, uma necessidade não apenas epistemológica, mas ética, uma vez que a democracia não é a didatura da maioria, mas pressupõe o reconhecimento das minorias.

3. Há, nessa data, 1999, uma ironia. A teologia nasce no século IV - antes de Cristo -, com Platão. Ao menos em termos formais, porque, a rigor, existe desde que a religião surgiu no planeta. No século IV - depois de Cristo - a teologia tornou-se monopólio cristão. O monopólio cristão da teologia durou, no Brasil, até 1999 - assim como, pelo Estado (romano), a teologia tornou-se monopólio cristão, também pelo Estado (brasileiro), a teologia deixa de ser exclusivamente cristã - agora, como sempre houvera sido, teologia é prática universal, de grande e de pequenos, de muitos e de poucos, de todos e de cada um.

4. Daí, portanto, a necessidade de uma classificação para todas as práticas de teologia - as atuais, que ingressaram no MEC, e as que espreitam de longe.



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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