segunda-feira, 18 de outubro de 2010

(2010/512) Eleições, mídia nativa comercial e partidarismo engajado

1. Que não gosto da mídia nativa comercial, de direita, é fato que tenho exposto aqui muitas vezes. Não gosto da Globo, da CBN, da Folha, do Estadão, da Veja. Esses jornais, sequer os leio mais (aqui em casa, Bel só usa jornal para forrar o cagadouro e o mijadouro do Senhor Jimble, nosso labrador, de seis meses - uma vez que não se embrulham mais peixes neles, acabamos de descobrir uma ainda boa utilidade para os jornais da direitona). Faz anos que ler, não leo mais. O que sei das bobagens e das intrigas e das canalhices que publicam vem-me dos sites críticos que assino (ver assinaturas na coluna da esqueda do blog). Da Globo, guardo controlada distância, já que não vou proibir que aqui em casa se assista ao canal. CBN, ouço, mas apenas para saber a quantas anda a baixaria dos "comentaristas" da direita - ali se comprova a máxima de que comentarista político (aliás, qualquer "comentarista" da folha de pagamento) corre sério risco de dizer o que o capital quer que ele diga, e isso vale tanto para a direita, quanto para a esquerda, porque vivemos dias em que o que você diz depende muito de quem paga seu salário (se é que houve outros que não iguais a estes)- e isso não é apenas na política!

2. Felizmente, temos, agora, a Internet. Não preciso, para nada, dessa mídia interesseira, descompromissada com o bem público, dissimulada,, golpista, sim, senhor, aliada aos piores interesses dos quinhentos anos de Brasil - deois do que FHC fez em seus oito anos (só em ter vendido quase todo grande patrimônio nacional e, ao mesmo tempo, ter elevado a dívida pública para monstruosos quase 1 trilhão de dólares já valeria o ostracismo civilizaíorio absoluto), fosse da esquerda, estaria morto publicamente, e seu sucessor sequer seria levado a sério. Mas a direita, bem, a mídia corporativa nacional comercial, ela faz desses neobobos seus avatares públicos.

3, Pela Internet, por exemplo, sei que o caso da revelação de ex-aluna da esposa de Serra, a respeito da confissão que esta teria feito, na década de 90, que, quando em seu exílio chileno, teria feito aborto, declaração essa que Globo, Veja, Estadão, CBN e Folha fazem questão de tratar com digníssima não-declaração de fato, por sua vez é tratado abertamente pelos jornais do Chile e da Argentina, os quais declaram que o uso do tema "aborto" pela campanha de Serra voltou-lhe diretamente contra a sua própria cabeça, e que a mídia brasileira tornou-se panfletária - bem, isso ela sempre foi.

4. O tema do aborto em si jamais deveria ter sido trazido para a campanha do modo como foi. Mas foi. E o foi pelos santarrões Serra e esposa, a qual teria declarado, aqui em Nova Iguaçu, que Dilma era a favor de "matar criancinhas", uma referêcia ao fato de que Dilma seria a favor do aborto, o que é uma deslavada e cínica, autêntica maobra e manipulação de incautos, porque Dilma já declarou que não é favor do aborto, mas de certa legislação que trate o tema como de saúde pública. O próprio Serra tratou do tema em 1998. Até o reino mineral sabe disso! Mas aí, a dona esposa do Serra, que passou pelo sofrimento de fazer aborto, me vem com essa desfaçatez... denunciar falsamente e politiqueiramente que Dilma é que é a favor de matar criancinhas... É muito cinismo para um casal que pretende sentar na principal cadeira política nacional. Seja tolerante com essa baixaria e, daqui a pouco, você será tolerante com baixarias maiores...

5. E o que a mídia vendida faz? Nada. Joga o fato para debaixo do tapete. Isso porque é o candidato com o qual ela, a mídia, pretende continuar mamando nas tetas do Estado - como a Veja faz em São Paulo há anos. Agora, se você quer ver a repercussão dessa criminosa manipulação da ingenuidade e simploriedade popular brasileira, por eles, Serra e sua comitiva midiática, aliás, melhor, por eles, a mídia comercial brasileira e seu boneco de ventríloquo, Serra, dê uma olhada no artigo do Paulo Henrique Amorim, com links para os jornais de los hermanos: vai ver que lá, porque os interesses deles mesmos não estão em jogo, podem se dar ao luxo de deixar à mostra a vergonha dessa classe azul da política nacional.


Paulo Henrique Amorim




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