1. Deixo claro: não acredito em teopoética como "falar poeticamente de deus". Um desvio, se não já uma disfunção cognitiva. Pode-se falar poeticamente do que se pensa de deus, dos deuses. Mas de deus, não, porque, de deus, dos deuses, ninguém pode falar - apenas do que pensa, se pensa, sobre ele(s). E não faço, aqui, Teologia. Faço Epistemologia. O que os homens falam - também poeticamente - ser de "deus", dos "deuses", que falam, isso que falam - também poeticamente - não vai além, objetivamente, de um falar que dá conta de sua idéia, de criações suas. Século XXI, e até agora, tudo na mesma... Vai demorar... É engraçado ver como teólogos armam-se de teopoesia para dizer que têm um atalho não institucional, não-dogmático, para falar de Deus - a quem, todavia!, só têm acesso institucionalmente, dogmaticamente... Seria trágico, não fosse cômico. No fundo, briga política, a re-encarnação contemporânea do combate profético/sacerdotal de Weber...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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