1. O termo "metafísica", levado ao pé da letra, pode significar tudo quanto esteja acima da Tabela Periódica: não é constituído de átomos, é metafísico. A Matemática, por exemplo, que, a rigor, só existe como sistema abstrato na consciência do matemático e de seus interlocutores humanos. A música, conquanto seja "matemática em dança erótica", é física, não metafísica. Quer dizer, é psico-física, já que as ondas sonoras (física) devem zser/são interpretadas pela psiquê humana. A imaginação, em si, é física, porque é o cérebro quem a produz, como no caso da matemática, também. No entanto, o "produto" dessa operação, as "imagens em ação", são metafísicas, como os mitos, por exemplo.
2. Assim, os componentes da Teologia são, a rigor, metafísicos, conquanto seja o cérebro humano que a produz. Não há teologia que anjos façam - nem deuses -, porque anjos são metafísicos, e a teologia é produção neuronal humana... No caso cristão, da teologia, quero dizer, o Jesus histórico é físico, o da fé, metafísico.
3. Eu acho curioso que se tente, aqui e ali, tratar toda a metafísica como se fosse a mesma coisa. Mas não é, não. Quando a ciência exclui a metafísica, ela não exclui tudo quanto é supra-físico, porque a ciência, sem a matemática, fica muito, muito, muitíssimo reduzida - algumas de suas expressões resultam, inclusive, impossibilitadas. As ciências não operam, e nisso estão certas, é com os conteúdos imaginados, as mitologias, as doutrinas, as "revelações".
4. Imagine a ciência tentando compreender o planeta... por meio de Gênesis! Não dá.. Isso não tira o "valor" de Gênesis, mas ensina algo sobre como somos cabeças-duras, teimosos até o absurdo, capazes de fecharmos os olhos, os ouvidos, o coração, e nos agarrarmos a "narrativas" absolutamente dogmáticas, como se o próprio Deus no-las houvesse contado... A Teologia é, mesmo, uma fábrica de cabeças-duras. E, talvez, o pior de tudo, é que a Teoloia, envolvida que é, sempre, com o Poder, acabe cercando-nos de medo - medo de Deus, medo dos sacerdotes, medo das Normas.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Assim, os componentes da Teologia são, a rigor, metafísicos, conquanto seja o cérebro humano que a produz. Não há teologia que anjos façam - nem deuses -, porque anjos são metafísicos, e a teologia é produção neuronal humana... No caso cristão, da teologia, quero dizer, o Jesus histórico é físico, o da fé, metafísico.
3. Eu acho curioso que se tente, aqui e ali, tratar toda a metafísica como se fosse a mesma coisa. Mas não é, não. Quando a ciência exclui a metafísica, ela não exclui tudo quanto é supra-físico, porque a ciência, sem a matemática, fica muito, muito, muitíssimo reduzida - algumas de suas expressões resultam, inclusive, impossibilitadas. As ciências não operam, e nisso estão certas, é com os conteúdos imaginados, as mitologias, as doutrinas, as "revelações".
4. Imagine a ciência tentando compreender o planeta... por meio de Gênesis! Não dá.. Isso não tira o "valor" de Gênesis, mas ensina algo sobre como somos cabeças-duras, teimosos até o absurdo, capazes de fecharmos os olhos, os ouvidos, o coração, e nos agarrarmos a "narrativas" absolutamente dogmáticas, como se o próprio Deus no-las houvesse contado... A Teologia é, mesmo, uma fábrica de cabeças-duras. E, talvez, o pior de tudo, é que a Teoloia, envolvida que é, sempre, com o Poder, acabe cercando-nos de medo - medo de Deus, medo dos sacerdotes, medo das Normas.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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