domingo, 13 de setembro de 2009

(2009/470) Magos três

1. Outro li uma estória que o Milton Schwantes escrevera. Contava ele de uma mudança que fizera e que eram três os homens fizeram a mudança. Mas apenas dois de fato "pegavam no pesado". Um estava sempre encostado pelos cantos e só volta e meia entrava em cena para ajudar a fazer força. Depois de algum tempo, meu amigo perguntou aquele que parecia ser o chefe da turma pelo porquê de tal comportamento de um dos homens. A isso o homem respondeu que naquele dia, aquele homem não estava bem. Passara a noite bebendo por causa de problemas na vida. Mas, como eles já trabalhavam juntos há muito tempo, um apoiava o outro. Era solidariedade para com o companheiro. Pura graça!

2. Essa história me veio à mente ontem na caminhada que fiz em torno do Parque do Areião, que é minha arena quase cotidiana para recompor energia e produzir uma substância química que produz bem estar no organismo. Gosto de caminhar e correr. Tem sido uma alegria renovada! Reconforta de muitas tristezas! Outro dia tive a grata alegria de caminhar o percurso em torno do parque, quando ele esteve em Goiania para algumas bancas de defesa de mestrado. Pois é, num dos últimos posts, Osvaldo dizia de algo como falta de pique para continuar sua produção voraz. Alguém reagiu, solidariamente, dizendo que isso é normal, ou natural, ou algo assim. Aí me veio à mente essa estória dos três homens da mudança do Milton. A estória não se aplica bem a nós três que figuramos no blog, talvez em proporção inversa. Pois no blog Peroratio é um que trabalha e outros que ocasionalmente fazem alguma força ou quase nada.

3. Agora, lendo o post de hoje, parece que as energias de Osvaldo voltaram ao normal. Fico torcendo para que os problemas que o incomodavam tenham encontrado solução.

4. Magos três é o nome de um restaurante de comida natural em Goiania. As vezes vou lá comer um açaí na tijela. Não sei por que o nome me veio à mente. Talvez porque estivesse na caminhada de hoje montando mentalmente o resumo para uma comunicação num colóquio de Filosofia sobre aquela história da intentio operis de Umberto Eco. No final do livro Interpretação e superinterpretação, ele tem toda uma conversa sobre impressões ou imagens que afloram inconscientemente no texto na hora da escrita. Lá na Bíblia fala que eram três os magos que levaram seus presentes para o menino na manjedoura. Sempre achei aquilo organizado demais! Por isso gosto bastante daquela estória russa do quarto mago, que sempre chegava atrasado, mas um dia também chegou.


HAROLDO REIMER

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