1. É com muito "orgulho" que recebo a informação de que meu "despretensioso" (mentira - nunca escrevo despretensiosamente...) exercício sobre a passagem joanina das "Bodas de Caná" foi aceito e publicado na Revista Jesus Histórico. O ensaio chama-se "Das Bodas de Caná - uma aproximação à luz do Prólogo de João", e consiste em minha segunda aproximação ao Evangelho.
2. Eis seu resumo: "o ensaio propõe ler a passagem joanina das “bodas de Caná” como, ao modo de uma parábola, uma ilustração plástica do tema teológico já apresentado no Prólogo do Evangelho de João – a saber: a Palavra de Deus armara a sua tenda entre “os seus”, a saber: os judeus no contexto da manutenção de sua tradição, e, contudo, tais judeus não o reconheceram como a Palavra de Deus encarnada. Em face do escândalo de alguns judeus reconhecerem em Jesus a Palavra-em-carne, ao passo que outros judeus, não, a passagem responde afirmando: a) não é o sinal que leva à fé, mas a fé que faz ver o sinal, sendo por isso que a comunidade “viu”, porque cria, ao passo que os judeus que se mantiveram apegados à tradição, não, porque não creram. No contexto desse argumento apologético, o 'milagre' da transformação do vinho em água, no ambiente de uma festa de casamento, não tendo sido percebido como milagre por nenhum dos festeiros, além dos discípulos, tem a função de encenar, plasticamente, aquilo que o Prólogo já assentara teológica e polemicamente: só “nós”, isto é, os que reconheceram a Palavra encarnada em Jesus, é que “vêem” os sinais".
3. Esse exercício foi elaborado no contexto de meu doutorado. Além de lidar com o Antigo Testamento, aproveitei, digamos, o "templo livre" para "especular". Talvez resida aí eventual improcedência de seu conteúdo... Mas ainda apostaria minhas fichas nele.
4. Antes, sobre João, eu escrevera a série Rascunhos Joaninos. Dela saiu um exercício que consta de um livro editado em conjunto com o Prof. Dr. André Chevitarese e outros pesquisadores, mas ainda não lançado pela Paulinas. Se o leitor gostar de "Caná", talvez fosse aconselhável ler a série Rascunhos Joaninos. Uma coisa é certa: as intuições - a meu ver, argumentadas - que desenvolvi não se encontram muito facilmente. É ler e julgar.
5. Fico feliz. Quem sabe esse não seja um passo para que eu me aproxime definitivamente do campo da História... formalmente...? Se bem que podia ser, também, do de Lingüística..
OSVALDO LIZ RIBEIRO
PS. 14/09/2009 - "mistério": o artigo na coletânea organizada pelo André Chevitarese não saiu. A coletânea, sim, o artigo, não. Segue o barco.
2. Eis seu resumo: "o ensaio propõe ler a passagem joanina das “bodas de Caná” como, ao modo de uma parábola, uma ilustração plástica do tema teológico já apresentado no Prólogo do Evangelho de João – a saber: a Palavra de Deus armara a sua tenda entre “os seus”, a saber: os judeus no contexto da manutenção de sua tradição, e, contudo, tais judeus não o reconheceram como a Palavra de Deus encarnada. Em face do escândalo de alguns judeus reconhecerem em Jesus a Palavra-em-carne, ao passo que outros judeus, não, a passagem responde afirmando: a) não é o sinal que leva à fé, mas a fé que faz ver o sinal, sendo por isso que a comunidade “viu”, porque cria, ao passo que os judeus que se mantiveram apegados à tradição, não, porque não creram. No contexto desse argumento apologético, o 'milagre' da transformação do vinho em água, no ambiente de uma festa de casamento, não tendo sido percebido como milagre por nenhum dos festeiros, além dos discípulos, tem a função de encenar, plasticamente, aquilo que o Prólogo já assentara teológica e polemicamente: só “nós”, isto é, os que reconheceram a Palavra encarnada em Jesus, é que “vêem” os sinais".
3. Esse exercício foi elaborado no contexto de meu doutorado. Além de lidar com o Antigo Testamento, aproveitei, digamos, o "templo livre" para "especular". Talvez resida aí eventual improcedência de seu conteúdo... Mas ainda apostaria minhas fichas nele.
4. Antes, sobre João, eu escrevera a série Rascunhos Joaninos. Dela saiu um exercício que consta de um livro editado em conjunto com o Prof. Dr. André Chevitarese e outros pesquisadores, mas ainda não lançado pela Paulinas. Se o leitor gostar de "Caná", talvez fosse aconselhável ler a série Rascunhos Joaninos. Uma coisa é certa: as intuições - a meu ver, argumentadas - que desenvolvi não se encontram muito facilmente. É ler e julgar.
5. Fico feliz. Quem sabe esse não seja um passo para que eu me aproxime definitivamente do campo da História... formalmente...? Se bem que podia ser, também, do de Lingüística..
OSVALDO LIZ RIBEIRO
PS. 14/09/2009 - "mistério": o artigo na coletânea organizada pelo André Chevitarese não saiu. A coletânea, sim, o artigo, não. Segue o barco.
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