1. Vivi "preso" dentro de casa até os quinze anos. Minha mãe e avós nem deixavam a gente brincar na rua, nem deixavam ninguém brincar com a gente lá dentro. A primeira vez que isso aconteceu foi na época do álbum de figurinhas da Disney e a febre de bafo-bafo - eu era bom e bafo-bafo; não tinha dinheiro pra comprar figurinhas, de modo que tinha que conseguir no bafo...
2. A partir dos 15, 16 anos, comecei a ir para a rua. Mas, a essa altura, você já perdeu todo o traquejo social. Assustavam-me as conversas, geralmente a respeito de "meninas", e conversas que eu não tinha coragem de ter nem comigo mesmo... Nada de política, obviamente...
3. "Converti-me" e tornei-me membro da Primeira Igreja Batista em Mesquita. Na primeira eleição, Lula versus Color. Brasileiríssimo, eu, com as músicas que a televisão divulgava, na época da ditadura, com a propaganda anti-comunista da "Seleções", fiz uma bandeira do Brasil, de papel, colei no bolso da camisa e lá fui votar. A juventude em peso da Primeira era lulista. Quando me viram, com a bandeira do Brasil no peito, logo souberam em quem eu votaria - e votei: Color... É, meu passado me condena...
4. Depois desse dia, aproximando-me dessa juventude, e, naturalmente, com o resultado da eleição de Color, tornei-me lulista praticamente por remorso. Nas eleições seguintes, lá estava eu, em plena Nova Iguaçu, com uma bandeira do PT gigantesca, no comíssio de Lula - única vez na vida que agi desso modo - "Lula-lá!"...
5. Daí em diante, sempre votei em Lula. Mas nunca engoli a cassação de Color, pelas mesmas razões que não engulo o que, agora, se faz com Sarney - é a pulha da mídia canalha, são os canalhas da política vendida, todos que fazem as mesmas coisas, sem tirar nem pôr, manipulando o povo, como manipulam há décadas. E em nome de quê? De uma palavra-objeto, "ética", da qual eles conhecem apenas a utilidade retórica, cínica e hipócrita.
6. Daí que não posso deixar de ostentar aqui o vídeo de Color espinafrando Pedro Simon, ontem, segunda-feira, 03 de agosto, em pleno Senado Federal. Simon, outro sujeito "típico", que, com a Yeda, lá no Rio Grande, aprontando horrores, e ele, caladinho, caladinho, e vem querer dar uma de santo pra cima do Sarney - porque, enquanto lá no Rio Grande, a mídia está com ela, aqui, em Brasília, está contra Sarney (por intere$$e$ em 2010, até as amebas sabem disso!). Esse Simon, aí, vai onde a mídia vai, pra ver se ganha raspas. Ganhou foi um soco no meio da cara, bem-feito!
7. Os poucos políticos que eventualmente não se medem pela fita métrica da política comum do país, calam-se diante do que Globo, Estadão, Folha e a$$emelhado$ estão fazendo, pró-Serra. Quem é que foi lá, ao microfone, e esculhambou com a mídia e Simon, juntos? Color... Nunca pensei que, depois de meu período de "alienação política", de adesão à esquerda ("soft"), iria aplaudir, de pé, um discurso de Color...
8. Extraído do blog do Nassif, "as pedras clamarão":
2. A partir dos 15, 16 anos, comecei a ir para a rua. Mas, a essa altura, você já perdeu todo o traquejo social. Assustavam-me as conversas, geralmente a respeito de "meninas", e conversas que eu não tinha coragem de ter nem comigo mesmo... Nada de política, obviamente...
3. "Converti-me" e tornei-me membro da Primeira Igreja Batista em Mesquita. Na primeira eleição, Lula versus Color. Brasileiríssimo, eu, com as músicas que a televisão divulgava, na época da ditadura, com a propaganda anti-comunista da "Seleções", fiz uma bandeira do Brasil, de papel, colei no bolso da camisa e lá fui votar. A juventude em peso da Primeira era lulista. Quando me viram, com a bandeira do Brasil no peito, logo souberam em quem eu votaria - e votei: Color... É, meu passado me condena...
4. Depois desse dia, aproximando-me dessa juventude, e, naturalmente, com o resultado da eleição de Color, tornei-me lulista praticamente por remorso. Nas eleições seguintes, lá estava eu, em plena Nova Iguaçu, com uma bandeira do PT gigantesca, no comíssio de Lula - única vez na vida que agi desso modo - "Lula-lá!"...
5. Daí em diante, sempre votei em Lula. Mas nunca engoli a cassação de Color, pelas mesmas razões que não engulo o que, agora, se faz com Sarney - é a pulha da mídia canalha, são os canalhas da política vendida, todos que fazem as mesmas coisas, sem tirar nem pôr, manipulando o povo, como manipulam há décadas. E em nome de quê? De uma palavra-objeto, "ética", da qual eles conhecem apenas a utilidade retórica, cínica e hipócrita.
6. Daí que não posso deixar de ostentar aqui o vídeo de Color espinafrando Pedro Simon, ontem, segunda-feira, 03 de agosto, em pleno Senado Federal. Simon, outro sujeito "típico", que, com a Yeda, lá no Rio Grande, aprontando horrores, e ele, caladinho, caladinho, e vem querer dar uma de santo pra cima do Sarney - porque, enquanto lá no Rio Grande, a mídia está com ela, aqui, em Brasília, está contra Sarney (por intere$$e$ em 2010, até as amebas sabem disso!). Esse Simon, aí, vai onde a mídia vai, pra ver se ganha raspas. Ganhou foi um soco no meio da cara, bem-feito!
7. Os poucos políticos que eventualmente não se medem pela fita métrica da política comum do país, calam-se diante do que Globo, Estadão, Folha e a$$emelhado$ estão fazendo, pró-Serra. Quem é que foi lá, ao microfone, e esculhambou com a mídia e Simon, juntos? Color... Nunca pensei que, depois de meu período de "alienação política", de adesão à esquerda ("soft"), iria aplaudir, de pé, um discurso de Color...
8. Extraído do blog do Nassif, "as pedras clamarão":
Collor manda Simon “engolir” o que disse. E diz que o Senado não irá se curvar à mídia.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_13
Collor lamenta a explosão contra Simon mas não retira o que disse.
http://www.senado.gov.br/TV/noticias/segunda/tv_video.asp?nome=PL030809_24
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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