quarta-feira, 13 de maio de 2009

(2009/258) E o antropólogo caiu do cavalo...


1. Essa é de não deixar passar - porque é ilustrativa. Mais cedo ou mais tarde, vai que eu me meto a tratar de modo tão superficial, tão corporativista, tão empresarial, a questão latentemente política... Assim, para preparar o molho de minha barba, lá vai a fascinante contestação ao fascinado antropólogo...

2. O antropólogo disse: "Se eu digo isso o jornal me despede"... E teve de escutar isso: "Não dá pra comparar o professor se lixando para seus alunos com o deputadinho que se lixa para a Opinião Pública. Não é assim, não, Roberto. Ele é justamente o professor que não se lixa para os seus alunos, pelo contrário, ele é o vendedor que só se lixa para os seus clientes. Os outros são “a opinião pública”. Paz e bom humor, malandragem".

3. Aí, o Igor retrucou ao Nassif: "Nassif, não entendo sua “relativização” desse assunto… até concordo que a “Opinião Pública” não está aqui bem definida (...), entretanto a colocação dele na minha opinião está perfeita, achei interessante o conceito de aristocracia política…". E, então, o Nassif deixou as coisas bem claras: "O deputado em questão é o oposto da aristocracia política. Ele é do baixo clero. Da aristocracia é o Temer, Sarney, Renan, Mercadante, Tasso. O que ele deveria analisar é o modelo “aristocrático” - partidos políticos - mídia - aristocracia do Congresso - Supremo - que está sendo desmontado pelo avanço das novas mídias. A mídia é parte intrínseca nesse jogo com as aristocracias políticas. Mas o DaMatta não consegue dar conta de entender o momento".

4. Eu fico mais com a crítica que o Walmir fez ao DaMatta. Das duas uma, ou o DaMatta não entendeu nada do assunto, ou entendeu muito bem, sim... o que é muitíssimo pior para um renomado antropólogo... Barbas de molho, Osvaldo, barbas de molho...


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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