1. Na ouviroevento, registrei os passos que a UNESCO deu em direção à Transdisciplinaridade, desde a Declaração de Veneza, de 1986. Aliada à noção de Transdisciplinaridade - irreversível, internacionalmente, quero crer - põe-se a noção de Compelexidade, a que fui introduzido pelo que há de melhor, sob meu juízo: O Método, de Edgar Morin.
2. Acabei de adquirir, e, incontinenti, descobri que está disponível em pdf, no site da UNESCO, uma obra organizada pelo Prof. Candido Mendes, Representação e Complexidade, fruto de um dos colóquios do projeto da UNESCO, Agenda do Milênio, dessa vez acontecido nas dependências da Universidade Candido Mendes, no Rio de Jaqneiro, em 2003.
3. Participaram, palestraram e tiveram seus pronunciamentos registrados na coletânea: Edgar Morin, Ilya Prigonine, Jérôme Bindé, Michel Mafesoli, Helena Knyazeva, Arjun Appadurai, Zaki Laïdi, Christoph Wulf, Francisco López Segrera, Enrique Larreta. O texto de Ilya Prigonine é, como sempre, magistral!
4. Em 2003, eu nunca havia houvido falar de Transdiscilinaridade e Complexidade. Estava na Tijuca/RJ, coordenando um Curso de Teologia. A menos de 10 km de distância, no centro da Cidade do Rio de Janeiro, próximo à Candelária, na UCAM, alguns dos maiores expoentes da Complexidade e da Transdisciplinaridade estavam reunidos, sob o patrocínio da UNESCO... E eu, absolutamente alineado do processo.
5. Foi por uma "coincidência", dessas inexplicáveis, que se explicam por si sós ou por uma mística mitológica. Fora à PUC, em finais desse mesmo 2003, para preparar minha matrícula no doutorado em Teologia. No pátio, umas bancas de livros. Excitado pela presença ali, pela oportunidade que se abria, admirei, em êxtase, os volumes. Um livro, de nome muito curioso, O Conhecimento do Conhecimento (volume 3 de O Método), chamou-me atenção. Seu autor, Edgar Morin. Nunca - ao que me lembrava - havia ouvido aquele nome. Folheei-o, e, em alguns minutos, sabia que tinha nas mãos alguma coisa que me mudaria para sempre, como fora minha experiência com o Tratado de História das Religiões, de Mircea Eliade. Não se passa impunemente por eles...
6. Recomento Representação e Complexidade. É mais um dente na engrenagem, um elo na corrente, um corpo a caminho. O futuro é imprevisível, indescortinável, aberto, nem existe, ainda. Mas, a despeito dessa aleatoriedade, dessa imprevisibilidade, parece-me seguro afirmar que ele não será senão aquilo que a Transdisciplinaridade e a Complexidade nos ensinarem a construí-lo. Se aprendermos...
7. Teologia, minha amiga, como estás atrasada!
Candido MENDES (org), Enrique LARRETA (ed). Representação e Complexidade. Rio de Janeiro: UNESCO, GARAMOND e EducaM, 2003.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2. Acabei de adquirir, e, incontinenti, descobri que está disponível em pdf, no site da UNESCO, uma obra organizada pelo Prof. Candido Mendes, Representação e Complexidade, fruto de um dos colóquios do projeto da UNESCO, Agenda do Milênio, dessa vez acontecido nas dependências da Universidade Candido Mendes, no Rio de Jaqneiro, em 2003.
3. Participaram, palestraram e tiveram seus pronunciamentos registrados na coletânea: Edgar Morin, Ilya Prigonine, Jérôme Bindé, Michel Mafesoli, Helena Knyazeva, Arjun Appadurai, Zaki Laïdi, Christoph Wulf, Francisco López Segrera, Enrique Larreta. O texto de Ilya Prigonine é, como sempre, magistral!
4. Em 2003, eu nunca havia houvido falar de Transdiscilinaridade e Complexidade. Estava na Tijuca/RJ, coordenando um Curso de Teologia. A menos de 10 km de distância, no centro da Cidade do Rio de Janeiro, próximo à Candelária, na UCAM, alguns dos maiores expoentes da Complexidade e da Transdisciplinaridade estavam reunidos, sob o patrocínio da UNESCO... E eu, absolutamente alineado do processo.
5. Foi por uma "coincidência", dessas inexplicáveis, que se explicam por si sós ou por uma mística mitológica. Fora à PUC, em finais desse mesmo 2003, para preparar minha matrícula no doutorado em Teologia. No pátio, umas bancas de livros. Excitado pela presença ali, pela oportunidade que se abria, admirei, em êxtase, os volumes. Um livro, de nome muito curioso, O Conhecimento do Conhecimento (volume 3 de O Método), chamou-me atenção. Seu autor, Edgar Morin. Nunca - ao que me lembrava - havia ouvido aquele nome. Folheei-o, e, em alguns minutos, sabia que tinha nas mãos alguma coisa que me mudaria para sempre, como fora minha experiência com o Tratado de História das Religiões, de Mircea Eliade. Não se passa impunemente por eles...
6. Recomento Representação e Complexidade. É mais um dente na engrenagem, um elo na corrente, um corpo a caminho. O futuro é imprevisível, indescortinável, aberto, nem existe, ainda. Mas, a despeito dessa aleatoriedade, dessa imprevisibilidade, parece-me seguro afirmar que ele não será senão aquilo que a Transdisciplinaridade e a Complexidade nos ensinarem a construí-lo. Se aprendermos...
7. Teologia, minha amiga, como estás atrasada!
Candido MENDES (org), Enrique LARRETA (ed). Representação e Complexidade. Rio de Janeiro: UNESCO, GARAMOND e EducaM, 2003.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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