A maior inimiga do estudo da Bíblia é a fé. Ignorante, mentiram pra ela e ela mente para si dia e noite, a fé crê que é bíblica, e não é: de cabo a rabo, a fé é invenção da tradição, fruto da catequese, produto da repetição infinita, mas se vende como leitura bíblica... Se a fé aprendesse - mas pode? - que é tradicional, a Bíblia estaria liberta, e o portador da fé poderia estudar e aprender. Preso, com seu ovo de vespa a comer-lhe o cérebro, ignorante é e assim morrerá, com gozos de vaidade... Cena triste, não?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
2 comentários:
Olá, Osvaldo! Faz tempo, hem? Pelo menos seis anos desde a última vez em que estive dialogando com você por aqui.
Se bem me lembro, a expressão "ter fé" e o termo "crer" são para você algo bizarros para se referir à fé, mas vamos lá!
Entendi que a fé que eu "tenho" ou "adoto" ou "sigo" é um construto humano. Percebo-a em mim como a fé-enquanto-encontro, sempre tentando ser subsumida pela fé-enquanto-ensino, mas enquanto vejo a "minha" fé como aquela, e não como esta, não a abandono. É a fonte das águas por que ainda brama a minh'alma na sede de todos os dias. E a sede não passa.
Mas, junto com essa fé que "carrego" comigo, carrego também um livro de capa preta, cheio de narrativas e algumas reflexões. Não "me desfaço" daquela fé, e também não quero me desfazer desse livro. Como, então, lê-lo? E aqui não vai nenhuma pergunta retórica, ou alguma provocação irônica ou sarcástica, mas um pedido de ajuda sincero, existencial mesmo.
Um abraço! Bom relê-lo!
Acho que você não compreende que a fé enquanto encontro não é nada além de uma experiência antropológica. Nenhum problema em permanecer na fé, mas todo problema se isso se der porque ainda se considera que ela tenha alguma natureza substancialmente diferente da adesão a doutrinas...
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