sexta-feira, 25 de março de 2016

(2016/087) Sobre o teatro da terceira pessoa e da primeira do plural em textos acadêmicos

A asséptica linguagem em terceira pessoa é a estratégia de fingir que o que você escreve, não é você que escreve. Depois de matarem os autores antigos, mataram os atuais...

E a mais sutil forma de escrita na primeira pessoa do plural é a manipulação retórica da inclusão dos outros em nossa fala, para disfarçar, estruturalmente, a nossa subjetividade impregnada no discurso que produzimos...

A primeira metade do século vinte é o ódio pelo autor, e a segunda, o ódio pela individualidade...

São estratégias políticas.

Tudo, um grande teatro.









OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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