I.
Eu sou assim, meio abestado, mas sou um cara boa praça, de boa vontade... Vejam vocês que desde que a Cambada Evangélica do Congresso falou daquele negócio de família de Deus que eu estou tentando entender... E eu sou muito bíblico, vocês sabem: nem um pum sem consultar as Escrituras...
Mas, daí, eu travei. É que eu estava lendo os Evangelhos. E daí eu vi que Maria estava (com)prometida (mas não metida) com José, mas daí Deus resolveu comparecer. Isso já ficou meio estranho, ...eu achei. Achei assim meio sacanagem de Deus, porque é como a ovelhinha de Urias, que Davi pegou. Ora ele podia pegar quem quisesse, mas não, foi pegar a única ovelhinha do Urias, e eu nem sei mais se estou falando de Davi ou de Deus... Nem eu nem você...
Mas a coisa ficou pior. Porque li mais adiante que dessa sacanagem aí (nos dois sentidos, ao que tudo indica), nasceu Jesus. O que nos leva diretamente ao ditado francês que define a História (e essa história): cherche la femme!
Por que digo isso? Porque o Evangelho diz que, depois que Deus pegou Maria, que com(pro[não])metida estava com José, Maria é que é a imunda da história, fazendo imundo, ainda por cima, o menino que nasce: Jesus. Coisa de doido, não? Lucas diz que Maria pega Jesus e leva ao templo, carregando também duas rolinhas, para o sacrifício de purificação deles. Deles? Sim, dela, Maria, e dele, Jesus...
Gente de Deus. Alguém da Cambada Evangélica tem quem me explicar que coisa louca é essa de um Deus que pega a mulher de um homem e ela é que é a imunda da história...
Juro que travei...
II.
Depois que escrevi o post imediatamente anterior, li naquele site que é a versão gospel do orgulho gay que a grande diferença entre Jesus e Mohamed é que Jesus nasceu de uma virgem, e Mohamed, de um pai e uma mãe normais...
E eu me perguntei se falo a ele que foi estupro de vulnerável, ou deixo o bobão achando que está abafando...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário