sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

(2015/212) Se há subjetividades múltiplas é porque somos potencialmente múltiplo-subjetivos

Mary Rute Esperandio, se o mundo "moderno" impõe sobre os sujeitos históricos a elaboração de modelos de comportamento social reflexos de subjetividades flexíveis e adaptadas às demandas plurais e efêmeras - o que seria próprio do momento histórico atual -, isso não se dá apenas porque a condição biopsicológica humana é potencialmente aberta para esse tipo de elaboração subjetiva?

Digamos que não fosse possível, digo de outro modo, que não fosse uma potência humana a possibilidade de serem plasmadas subjetividades flexíveis... De nada adiantaria o mundo moderno demandar o que quer que fosse nesse sentido, porque a plataforma operacional humana simplesmente não aceitaria a encomenda... Mas ela aceita e atende o pedido.

Sou forçado, pois, a concluir que o ser humano dispõe potencialmente da capacidade de dispôr-se a si mesmo de múltiplas subjetividades, e que isso em si não corresponde a qualquer momento histórico, mas caracterizando-se como estrutura interna da emergência do cérebro-espírito. O que seria histórico, aí sim, seria a demanda pela atualização dessa potência biopsicológica... Hoje, digamos assim, atualizam-se as subjetividades múltiplas, líquidas, mas apenas por uma questão de demanda, porque o ser potencialmente múltipla ou líquida, bem, aí já se trataria de estrutura mesmo...

Deliro?









OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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