Uma estela egípcia do século treze antes de Cristo lista os povos sob tributo na "Palestina". Entre os povos, constam os israelitas e os raham. Quanto a esses Raham, os especialistas dizem se tratar dos "abraamitas". O antepassado dos Raham seria tratado como "o pai dos Raham" - em hebraico, portanto, 'AB RAHAM - daí, Abraham. Não se trata, pois, de um nome. Trata-se da personalização de um suposto personagem da tradição.
A tradição bíblica recolhe essa tradição e cria a história que, hoje, povoa o imaginário judeu, cristão e até islâmico. Toda a história de "Abraão", todavia, é uma criação sacerdotal pós-exílica, ainda que construída em conflito com a comunidade campesina, que evocava o "antepassado" como argumento retórico para a posse da terra.
Levantar as pedras, meu amigo, não sobra é nada.
Você chama isso de desconstruir.
Eu chamo de descobrir.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Um comentário:
Eu sempre desconfiei dos "nomes" bíblicos, mas nunca falei nada. Só que eu sabia que alguém um dia faria isso por mim. rsrs
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