I.
Tem crente que se assistir a mais meio beijo gay, sai do armário saltitando e dando glórias...
II.
Ser intolerante com quem prega intolerância. Ser tolerante com quem prega tolerância. O resto é o luar de Paquetá...
III.
É um fenômeno curioso: a despeito de "Deus", esse construto judaico-cristão helênico-ocidental, ser a raiz retórica de toda sorte de perversão ética no mundo, da escravidão às inquisições católicas e protestantes, da doutrina da abominação gay ao machismo bíblico-teológico (diante do que a tese de que ele também fundamenta ações de amor não merece sequer atenção), todos aqueles que foram vítimas históricas dessa retórica política e má acabam submetendo-se a "ele", sejam negros, sejam gays, sejam mulheres...
Se traçarmos uma história social desse "Deus", não estaremos equivocados se concluirmos que, depois de lhes seviciar o corpo, "ele" acabe por lhes dominar também a mente...
IV.
"Hoje, o fenômeno religioso é a busca do Ser frente à ameaça do Não Ser". Não sei... Acho que essa declaração está carregada de elaborações filosóficas demais para dar conta da massa humana envolvida com as práticas religiosas...
V.
V.
Com todo respeito, não há nada que seja "cristão" e seja compatível com as Ciências Humanas... Com todo respeito. Não há uma antropologia cristã. O que há é a submissão do conceito de "ser humano" a um conjunto mitológico de narrativas e daí extrair as inferências doutrinárias cabíveis. Isso é tão Antropologia quanto Jornada nas Estrelas é História. Insisto, com todo respeito.
VI.
Nos espaços e nas negociações políticas, em ambientes políticos, às favas com as questões epistemológicas: a paz e a fraternidade valem mais...
Nos espaços acadêmicos e nas questões heurísticas, abdique-se das questões epistemológicas e abrem-se as cortinas do primeiro ato...
VII.
VII.
Lá no serviço tem um rapaz que sabe o que tem de fazer, mas só faz quando alguém pede e insiste. Se não, fica a coisa lá, óbvia de ser feita, sem ser feita. Ele disse que está treinando para o lugar de Deus...
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