Coisas da mente, que me fazem parar para pensar o quanto eu posso deixar de ver coisas, porque acho que elas não estão ali...
Izabel Ribeiro me põe o almoço, o frango de panela, corado pelo refogado de cebola, uma delícia, e me avisa que está na mesa...
Vou à cozinha e, por alguma razão, assumo que ela não pôs o refresco. Olho na pia e lá está - apenas - o prato e o frango cheiroso e delicioso. Vou à geladeira para servir-me da laranjada...
Já pus, diz Bel, desde onde está...
Segurando a jarra, pergunto-me onde ela teria colocado a caneca com suco, já que copo não havia...
Olho para o prato e, por um segundo, dois, a imagem esperada ainda é apenas ele: o prato...
Súbito, todavia, eis que lá está o copo com a coisa amarela dentro...
Lá está o copo...
E, como Bel está do outro lado da sala, impossível que ela tenha posto o copo entre o momento que eu cheguei e meu deslocamento até a geladeira...
O copo estava ali o tempo todo... e eu não vi...
Impressionante...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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