Quando o cristão se dá conta de que maneja uma estrutura discursiva que é própria das plataformas de conquista e imperialismo, de capitulação de tudo e de todos sob seu próprio discurso, ele então se decide a mudar seu discurso...
Psicologicamente, ele abre mão do desejo de conquista. Antropologicamente, ele se dá conta do valor de todas as culturas. Sociologicamente, ele se dá conta de como os discursos religiosos controlam papeis, funções, movimentos.
Ele, então, finalmente, aprende a coisa, como ela funciona...
E, então, transformado, recomeça sua caminhada, anti-narcisista, ética, plural...
... e se dá conta de que o problema é muito mais grave, porque a própria estrutura do discurso cristão é de conquista, imperialista e anti-ética: por mais que ele queira lutar contra isso, isso está entranhado no jogo cristão - e de tal forma que é extremamente difícil livrar-se dessa condição, sem livrar-se da própria plataforma...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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