A questão das origens e do desenvolvimento do monoteísmo "bíblico" - a rigor, judaico, não se resolverá por nenhuma disciplina que não seja a Arqueologia e a Exegese. Outras, como a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia, poderão ajudar - apenas ajudar. Mas jamais poderão assumir a condição de base sobre a qual se erguerá a investigação.
Digo isso por conta do artigo de ontem, postado por Lair Amaro, que me deixou pensando até altas horas da noite (fui dormir conversando com Izabel Ribeiro sobre isso). O artigo me citava Lacan, para "pensar" a questão...
É preciso ter em mente, à frente dos olhos, que o monoteísmo é uma construção histórica: sem a reconstrução histórico-arqueológica dele, qualquer discurso é retórico, é ensaio literário, é racionalização sobre prováveis (im)possíveis. Muitas vezes, tolice...
A tarefa, por enquanto, é uma só: descobrir como se deu a coisa. Quando começou?, por meio de quem?, em que contexto? Enquanto isso não se determinar, todo o resto é embromação - não importa quantos teóricos da moda sejam citados.
Arqueologia e Exegese. Sem isso, a história do monoteísmo vai permanecer enterrada.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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