terça-feira, 15 de abril de 2014

(2014/209) Não ser escravo dos próprios sonhos

Se há uma coisa difícil de sopesar, de medir, de avaliar, é quanto vale o cotidiano - se ele vale mais, se ele vale menos, ou se ele é a justa medida de nossos sonhos...

Uma coisa é certa: se o cotidiano está absolutamente afastado da estrada de nosso sonho, então ele será sempre triste e pesado, amargo e difícil...

Uma saída é arrancar o velho sonho do peito e transformar o cotidiano no próprio sonho: porque nem todo mundo pode simplesmente se dar ao luxo de brincar de cinema ou de fazer de conta que a estrada são linhas de um romance de cabeceira...


(...)


Digo isso porque vivemos em uma época em que os sonhos flutuam em toda parte - é a própria narrativa: seguir seu sonho, seguir seu desejo... 

Todavia, a narrativa não está em compasso com a vida real. Nesta, não se trata, sempre, de voluntarismo, de rompantes, de abracadabras emocionais...

A vida real é real, tem conseqüências - e as únicas letras na tela, no final, são as da lápide... 

É preciso que nós mesmos forcemos, por todos os meios legais disponíveis, por assim dizer, a identificação de nosso sonho possível com nossa vida possível - é, para nós mortais, a gente simples dessa terra, a única forma de sermos verdadeiramente felizes...

Sonhar demais deprime...








OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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