segunda-feira, 29 de abril de 2013

(2013/491) Fotógrafos, fotografando, fotografados - porque sou exegeta e gosto de fotografia natural






Eu olho para essa fotografia e, exegeta e blogueiro (é a primeira vez que emprego amim mesmo esta palavra), penso duas coisas:

a) meus posts de animais, de Natureza, que já fez com que me cuidassem enlouquecido, vejam vocês, têm história - eles, a fotografar, eu, a admirar esse trabalho de cem anos e até hoje, e cada vez mais perfeito.

b) é a foto de uma foto - há alguém, com outra máquina, anônimo, a fotografar a imagem dos fotógrafos - e esse alguém não aparece na foto. Meu olhar vê isso imediatamente - porque sou um exegeta: não leio o texto bíblico como algo que está ali - leio como algo que quem não está ali pôs ali: as narrativas são os dois fotógrafos: mas me interessa quem bateu a foto, me interessa quem escreveu a narrativa, me interessam as suas razões e projetos, bons e maus.





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/490) PSR J0348+0432 - um monstro que dança uma dança que, para nós, é de morte, mas para o Universo, de vida


Pense um "monstro"...

Ele tem 20 quilômetros de diâmetro. Só. Para uma estrela - sim, é uma estrela - é ridiculamente pequena...

Mas e quanto à massa?

Bem, esses 20 quilômetros de diâmetro - menor que um asteroide de respeito - têm massa equivalente a duas vezes a massa do Sol...

Pense que a pressão atmosférica na sua superfície equivalha a 300.000.000.000 de vezes a da Terra... 

E pense o núcleo desse sistema: lá, um pedaço de matéria do tamanho de um cubo de açúcar tem o equivalente de um bilhão de toneladas de massa comprimida...

É um monstro...

Ele gira em torno de si mesmo - claro, é uma estrela! Mas a inacreditáveis 25 vezes por segundo! Quando você ler essa palavra - estrela - foi-se um segundo e a estrela deu 25 voltas em torno de si mesma...


O Universo é grandioso...

Lembro-me de Pascal: o homem é um caniço quebrado - esmaga-o o peso do Universo. Mas ele o sabe...

Sinto-me expiado em todas as minhas culpas ao saber que podemos saber tudo isso.

E sinto aumentados todos os meus pecados justamente por isso...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

domingo, 28 de abril de 2013

(2013/489) O outro lado da crença


Quanto à crença, à fé, à teologia - para ser bem exato, quanto ao quadro mitológico dentro do qual o religioso e a religiosa vivem - apenas uma coisa precisa ser dita: trata-se da maior ou menor criatividade, da maior ou da menor coerência interna do sistema, a menor quantidade possível de contradições. Só se pode pensar um sistema teológico de duas maneiras: a) sua coerência interna e b) sua comparação relativamente aos outros sistemas. Qualquer tentativa de pensar o que está do outro lado dele (isto é, aquilo sobre o que ele fala como sendo outro mundo) só se pode fazer desde dentro dele, pela fé, pela crença: e a fé é a adesão voluntária, psicológica e acrítica ao fato inamovível de que todo o conteúdo do sistema foi inventado num dia e num lugar específicos, fruto da criatividade de grupos sociais situados. Mas isso, é a sua maldição, a fé não pode reconhecer - se reconhece, game over... Crer é mentir para si o tempo inteiro...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

sábado, 27 de abril de 2013

(2013/488) Lula fala de combate à miséria à Televisa, no México

1. Lula. Orgulho profundo na alma. Em entrevista à Televisa mexicana. "Ninguém quer cuidar dos pobres. É o Estado quem deve assumir essa tarefa".



PARTE 1


PARTE 2






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/487) Grasna o corvo santo - da prova cabal de que textos bíblicos são narrativas controladas pelos narradores


Pedem-me uma prova cabal e irrefutável de que as narrativas bíblicas, até do Novo Testamento, são manipuladas pelos narradores - não condizem, às vezes, em parte, às vezes, no todo, com a realidade...

Dou.

Quando levaram, arrastada pelos cabelos, a mulher que eles disseram ser adúltera, conta-se que Jesus disse que sim, adúlteras merecem ser apedrejadas - é a lei. Mas, ele continuou, a lei condena não apenas esse pecado, mas todos. Quem não tem pecado, portanto, atire a primeira pedra...

Ora, como se trata de uma narrativa controlada, ninguém jogou. Todos, ali, são pessoas que não existem: reconhecem, publicamente, que são tão nobres quanto uma mulher adúltera...

Se a narrativa fosse real, sendo os religiosos o que são, o que aconteceria?

Estaria morta, por oitenta e sete pedras certeiras, de quatrocentas e cinquenta lançadas, a coitada da mulher...

Por que vocês acham que a igreja, dia e noite, aponta pecados?

Porque só tem santos nela...

Do púlpito, grasna o corvo santo... Cada sermão, uma pedra.





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/486) Cama de gato com Barth e Kierkegaard


O teólogo doutrinário garante a você que a doutrina é o colo de Deus. Aí, vem o teólogo não-doutrinário, dito místico, metafórico ou negativo, e garante que a doutrina não é o colo de Deus. Você, confuso, pergunta:

_ E onde é o colo de Deus?

_ Aqui, ali, acolá, em lugar nenhum...

_ Onde eu digo que é?

_ Não, não é você a dizer - isso é Feuerbach! É o próprio Deus, mas não em forma de doutrina...

_ Mas... se não é doutrina, como você sabe?

E ninguém responde ao coitado, que fica achando que há alguma diferença substancial entre Barth e Kierkegaard, que ele, coitado, lerdo demais, não teria entendido... Lerdo ele é mesmo, mas não porque não entendeu a doutrina...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/485) STF versus Congresso - pare de ler a mídia - a mídia, quando não emburrece, embrutece






Maria Inês Nassif
A reação de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de parlamentares oposicionistas à aprovação da admissibilidade da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de número 33, que define poder recursal do Congresso a leis declaradas inconstitucionais pelo STF, pode ser tirada da catalogação de fato político e inserida na lista de manipulação de informação. Com toda certeza, os ministros que estão reagindo desproporcionalmente a uma tramitação absolutamente trivial de uma emenda constitucional no Congresso, e os parlamentares que entraram com um mandato de segurança para a Câmara interromper uma tramitação de matéria constitucional, estão fazendo uso político desses fatos. Vamos a eles:
  1. A emenda tramita desde 2011. Foi proposta pelo deputado Nazareno Fontelenes (PT-PI) em 25 de maio do ano passado e encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça em 06 de junho. O relator da matéria é o deputado João Campos (PSDB-GO) – um parlamentar da oposição. Não existe hipótese de a emenda ter sido uma armação de parlamentares governistas como uma retaliação ao Supremo, que condenou dois deputados que integram a CCJ e, na última semana, suspendeu a tramitação de um projeto que limita a criação de partidos no Senado. Deixando claro: os parlamentares da CCJ não tiraram uma emenda da cartola para aborrecer o STF nesse período em que se constrói um clima de conflito permanente entre Congresso e STF para validar decisões questionáveis daquela corte em assuntos de competência exclusiva do Legislativo – como a liminar dada pelo ministro Gilmar Mendes a uma ação do PSB, suspendendo a tramitação de uma lei no Senado, também na quarta-feira.
  2.  Aliás, o fato de José Genoíno (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) terem se tornado personagens dessa história comprova o uso político desse episódio. No ano passado, quando a emenda foi apresentada, Genoino sequer tinha mandato parlamentar.  Ele e Cunha apenas a votaram, como os demais integrantes da Comissão: não pediram a palavra, não defenderam a aprovação, nada. Apenas votaram a favor de um parecer de um parlamentar da oposição.
  3. A PEC estava na agenda de votação da CCJ desde o início dos trabalhos legislativos, em fevereiro deste ano. Não foi agendada numa semana de conflito entre Congresso e Supremo para retaliar o Poder Judiciário simplesmente porque esperava a votação desde fevereiro.
  4. A votação de admissibilidade de uma proposta de emenda constitucional, ou mesmo de lei, pela CCJ, não é uma apreciação de mérito. Quando o plenário da CCJ vota a favor da admissibilidade, não quer dizer que a maioria da Comissão concordou que essa emenda deve se tornar uma norma constitucional. Quando aprova a admissibilidade, a CCJ está dizendo que aquela proposta cumpre os requisitos de constitucionalidade para continuar a tramitação até chegar ao plenário da Câmara – onde, aí sim, o mérito da proposta será analisado, em dois turnos, para depois cumprir dois turnos no Senado. E apenas com três quintos do quórum de cada casa. Isto é: o primeiro passo da tramitação da PEC 33 foi dado na quarta-feira. Daí, dizer que o Congresso estava prestes a aprovar a proposta para retaliar o STF só pode ser piada, ou manipulação da informação.
  5. Ainda assim, se uma Comissão Especial, lá na frente (se o STF não usar a força contra o Congresso para sustar a tramitação da matéria), resolver aprovar o mérito, e os plenários da Câmara e o Senado entenderem que é bom para a democracia brasileira estabelecer um filtro parlamentar para as decisões de inconstitucionalidade do STF, essa decisão apenas cumpriria preceitos constitucionais (embora Constituição esteja numa fase de livre interpretação pelos ministros da mais alta corte). Não precisa ser jurista para entender que a proposta tem respaldo na Constituição.  Foi com base em dois artigos da Carta de 1988 que os parlamentares votaram pela admissibilidade da PEC. O artigo 52, que fala da competência exclusiva do Senado Federal, diz, em seu inciso X, que o Senado pode “suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”. No artigo 49, determina que é da competência do Congresso Nacional “zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes”.
  6. Diante dessas evidências constitucionais e da história da tramitação da PEC na Câmara, fica a pergunta: quem está ameaçando quem? É o Congresso que investiu contra o STF, ou o contrário?
OSVALDO LUIZ RIBEIRO

quinta-feira, 25 de abril de 2013

(2013/484) Tegan and Sara, I know, I know, I know


1. Baladinha de Tegan and Sara, I Know, I Know, I Know, boa de ouvir no carro. Ao vivo e versão estúdio, naturalmente, muito melhor...


Arrow







OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/483) "Esboços de Teologia Crítica" - capa

Está ficando bonito o filhote...



Lançamento previsto para o I Congresso Internacional de Teologia e Ciências das Religiões da Faculdade Unida. Depois, disponível na Saraiva e Cultura.





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/482) Sobre memória de canções religiosas



Hinos da Igreja Batista da década de 80 ficaram em minha cabeça. As canções, das décadas, seguintes, muito pouca coisa - são ralas demais, são "modas"...


Na minha cabeça, os hinos vêm e vão...

Mas como se enganam, meus leitores, quando lhes conto isso ou posto alguma coisa a respeito de hinos... Músicas religiosas de meu passado me frequentam amiúde...

Por exemplo, para escândalo dos que, à menção de um hino, me julgam apressadamente, acaba de vir à minha mente, canção de meus 14 anos, no terreiro de minha tia, ao lado da mesma igreja batista onde aprendi os hinos da década de oitenta:

"Nossa Senhora incensou seu bento filho,
incensou, para cheirar,
ah, eu incenso esses filhos de Umbanda,
pro mau sair e o bem entrar...

Vou incensando,
vou defumando..."


Tenho uma memória eclética, plural e sem constrangimentos... Para mim, todos eles eram dias de ingenuidade e inocência, a condição para que tudo seja como os discursos pretendem que sejam.

Depois, você cresce...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/481) Prefiro quem tenha a coragem de admitir-se certo e concluir que está errado a quem escolha o caminho do meio, essa fuga retórica pós-moderna



Entendam-me:

a) não quero estar diante de alguém que não admite a hipótese de estar errado - é um soberbo idiota (incluídos, aí, religiosos de toda sorte, mas me refiro, aqui, a acadêmicos, especificamente):
b) mas, da mesma forma, não quero estar diante de alguém que não admita estar certo...

Por isso, não tenho ouvidos para a ladainha pós-moderna do nem-eu-nem-tu, sei-lá,vai-que-é, essa coisa sem recheio, sem ar, sem vácuo, sem água, sem terra, esse nada, com que não se pode olhar no olho do sujeito, porque ele se esconde dentro de uma retórica pseudo-humilde...

O pós-moderno é alguém que foge e deixa na rua um boneco de ventríloquo por meio do qual ele finge não falar...

Não gosto de pós-modernos (nesse sentido). Gosto de ver a cara das pessoas: que se arrisquem, na carne e no sangue, a dizer o que pensam, a defender suas ideias, sempre dispostos a ganhar ou a perder como parte do mesmo jogo.





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

terça-feira, 23 de abril de 2013

(2013/480) O Sagrado, de Rudolf Otto é tão Fenomenologia da Religião quanto Teologia Sistemática é ciência



1. Tem gente que acha "O Sagrado", de Rudolf Otto, um livro de Fenomenologia da Religião. Aliás, já de escreveu artigo "desancando" a Fenomenologia da Religião, acusando-a de "teologia", aplicando, para isso, crítica a "O Sagrado", como se "O Sagrado" fosse um livro de Fenomenologia da Religião...

2. Não, não é. Otto é teólogo e fez teologia - só deu uma roupagem menos tradicional à sua fala teológica e empregou a linguagem fenomenológica - mas só a linguagem...

3. O Sagrado é tao Fenomenologia da Religião quanto Teologia Sistemática é ciência...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/479) Cursos de Teologia não-(diretamente)cristãs reconhecidos pelo MEC

1. Cursos de Teologia, de tradição não-cristã, atualmente reconhecidos pelo MEC (fonte: e-MEC). Obviamente, todos reconhecidos e com expedição de diplomas oficiais de Gradução, com validade em todo território nacional.


FACULDADE DOUTOR LEOCÁDIO JOSÉ CORREIA - FALEC
portaria SESu 939 de 26/11/2006
Curso de Teologia Espírita

FACULDADE MESSIANICA
Portaria SESu 503 de 23/12/2011
Curso de Teologia Messiânica

FACULDADE DE TEOLOGIA UMBANDISTA - F.T.U.
Reconhecimento publicado no D.O.U. de 17/04/2013 (ainda não cadastrado no e-MEC)
Curso de Teologia Umbandista


2. Gostaria de assistir a aulas de Teologia em cada uma delas. Veríamos como ainda se trata de doutrina - com aparência de academia, mas, na prática, falas programáticas a partir da ideologia e dos dogmas de cada tradição religiosa - da mesmíssima forma como ainda ocorre entre os cristãos, também presentes, e em maior número, no MEC.




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/478) Reconhecido Curso de Graduação em Teologia da Faculdade de Teologia Umbandista


1. É com grata satisfação e surpresa que informo que "acaba" de ser reconhecido (em 17 de abril de 2013) o Curso de Bacharel em Teologia da Faculdade de Teologia Umbandista, em São Paulo. Até onde eu pude acompanhar, até recentemente o curso tinha problemas e corria algum risco de não ser reconhecido, depois de ter sido autorizado em 2003.

2. A teologia umbandista não tem muita tradição acadêmica e, diferentemente da confissão cristã, encontrou dificuldades em solidificar-se. Parece que houve algum avanço no saneamento das dificuldades, porque o DOU publicou a Portaria 163 e, agora, temos um interessante curso de Teologia com diploma oficial do MEC.




3. Não vejo a hora de ocorrer um primeiro congresso inter-teológico de teologia. Vai ser curioso. No mínimo, vai ser muito curioso.





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/477) Monoteísmo ético-profético e Teologia da Prosperidade neoliberal - dois casos suspeitos de defesa das "fontes sagradas"


1. Desde pelo menos Julius Wellhausen, acredita-se que tenha havido uma involução na cultura do Antigo Testamento - na época dos profetas, grandeza ética e moral, mas, na época judaico-sacerdotal, degradação e deterioração de todo tipo.

2. Pouco tempo depois, Weber colocaria a tampa do caixão: profetas são homens bons, sacerdotes, homens maus: profetas trabalham para a liberdade, sacerdotes, para o sistema...

3. Que problema isso não traz para a pesquisa do monoteísmo!

4. Se o fazemos derivar dos profetas, ele é produto de homens bons, então ele é bom. Se o fazemos derivar de sacerdotes, ele é produto de homens maus, então, ele é mau. E a coisa emperra. Praticamente tudo que dizíamos sobre a cultura veterotestamentárias foi alterado nos últimos duzentos anos - mas essa derivação profética do monoteísmo ainda encontra defensores.

5. Será mesmo ético-profética essa coisa? Será mesmo ético-profética uma prática que é irresponsável pela intolerância programática e tão acirrada que, para lutar contra ela, só com muita iconoclastia?

6. Outro caso. A Bíblia é boa, mas a cultura humana é ruim. Na cultura humana, capitalismo e neoliberalismo são os testículos do diabo: dali nasce tudo o que é ruim.

7. Então, a teologia da retribuição e a teologia da prosperidade, que grassam no mundo evangélico quase que indistintamente, só podem ser filhos do neoliberalismo e do capitalismo, porque estes são as entranhas de Satanás. Não pode ser bíblicos! A Bíblia é boazinha...

8. Sei...

9. Até que ponto não estamos diante de dois casos muito reveladores de recalque da realidade: princípio de prazer - a despeito de todas as evidências, proteger as "fontes sagradas"...?






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

sexta-feira, 19 de abril de 2013

(2013/475) Solo de violão: Sharon Isbin - Asturias





Sharon Isbin - Asturias






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/474) _ Já rezou?


_ Tem certeza de que já rezou?
_ Já. Mas acho que ele também...
_ Vamos na fé...
_ Sim, mas e se ele também for muito religioso?







OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/473) Ilha Fernandina, em Galápagos - da calmaria do lago à erupção da cratera vulcânica

1. Lago na cratera vulcânica do La Cumbre, na Ilha Fernandina, em Galápagos (Equador). Lindo lago e belíssima ilha...

Fernandina é a cratera isolada, na "barriga do cavalo-marinho"

Foto obtida da Estação Espacial Internacional, em 2002

2. Você está lá, se divertindo, quem sabe, apreciando a lagoa e, de repente, isso...





Erupção da cratera de Fernandina, em 2009

3. Eita, mundão... O La Cumbre já havia entrado em atividade em 2005. É assim que essas ilhas de formam. As erupções vulcânicas trazem matéria sólida derretida desde o interior da crosta terrestre e derrama em tono da cratera, fazendo com que, pouco a pouco, o espaço físico da ilha aumente. O que pode parecer destrutivo é, nesse caso, criador.





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/472) Tratar a água como direito público é "extremista", diz Peter Brabeck, CEO da Nestlè - ele prefere que ela tenha um preço e seja tratada como qualquer outro bem alimentício - que a Nestlè, claro, possa vender

1. Peter Brabeck, então CEO da Nestlè, não acha que seja adequado considerar a água um bem público. Ele acha que deve-se dar um preço a ela, como um produto alimentício... Deve ser por isso que a Nestlè está a comprar terras com nascentes no Brasil...

2. Para a questão da água, vá para o minuto 2'.






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/471) Sobre a convocação "evangélica" para "um dia sem a Globo"



1. Percebo que tenho pouca inclinação para a política e o quanto sou deficiente nessa área, quando ouço a convocação evangélica para um dia sem a Globo e não dou nenhuma boa. Não que eu goste da Globo, pelo contrário - na prática, quase não assisto e, que eu mesmo ligue a TV, nunca. Se eu tivesse inclinações políticas ou pensasse politicamente o tempo todo, aderiria ao "clamor evangélico", porque, para mim, quanto menos Globo, melhor e, se há evangélicos em campanha contra a Globo, então, oba!

2. Mas, não. Não vou aderir a campanhas evangélicas a priori. São moralistas. Estão relacionadas a valores particulares de guetos evangélicos, a preconceitos de toda sorte. Dificilmente são campanhas com boas motivações.

3. Por isso, não, não vou aderir. Ainda que meu televisor passe longe da Globo, nesse dia, não estou aderindo à "convocação" evangélica, não.

4. Pensando bem, é até bastante política minha atitude - mas do contra.






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/470) Doto racemosa - um nudibrânquio.


1. Doto racemosa. Um nudibrânquio (do gênero Doto) bem bonito.











OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/469) Helicópteros do mar: Limacina helicina

1. O Limacina helicina é um gastrópode de conha e "asa" nadadora, o que faz dele um espécime muito curioso, cujos representantes "voam", na verdade, nadam, nos mares do norte e do sul.













OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/468) A difícil competição por uma casa nova - porque a vida de ermitões podia até ser fácil, mas não...

1. Divertido... Caranguejos-ermitões disputando uma nova casa... O mais rápido, leva...









OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/467) Que tal uma árvore taxonômica?

1. Trata-se de uma árvore taxonômica dinâmica - se você clicar nos sinal de "mais", vai abrir as camadas hipônimas do organograma dinâmico. A vida está ali, guardada em caixinhas - e estamos diante do reflexo humano de classificação de tudo à sua volta. Há quem dirá que isso é uma "doença", e postulará uma vida sem observações... Deixemos essas criaturas quietas: fosse a espécie assim, blasé, sem nenhuma preocupação com classificações, esse sujeito estaria a comer dejetos até hoje, se não fosse, primeiro comido por um não-classificado predador...


2. Como o conhecimento humano desenvolveu-se desde que saí da escola formal, no ginásio de meu tempo... Não tinha um monte dessas classificações... LegaL...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

(2013/466) E você achando que eles moravam no céu: os anjos... do mar: Sea angel


1. Anjos-do-mar, ou borboletas-nuas-do-mar, são gastrópodes que habitam as regiões frias marinhas do norte e do sul até a profundidade de 500 metros.

2. São bem pequenos, são alimento de baleias e de alguns peixes, são hermafroditas e podem passar mesmo um ano inteiro sem se alimentar.

3. Não há muitas espécies identificadas. Em minha breve busca, li sobre duas e, depois, sobre seis espécies. Pelos nomes científicos, identifiquei duas Clione limacina e Platybrachium antarcticum.
















Porque anjos também têm que comer...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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