
Há 2,5 mil anos, um camponês ou a liderança (feminina?) de camponeses escreveu que a "glória", para eles(s), era o camponês no campo, trabalhando sob o sol e a chuva; disse que, se havia santos, eram todos - e disse muito mais. Tudo isso em plena instauração do regime ditatorial sacerdotal...
2,5 mil anos.
Antes de Marx. Antes de todos os críticos do XIX...
É tão surpreendentemente crítica a pequena poesia de Is 4,2-6 que até a Bíblia de Jerusalém se perde, traduzindo a inconfundível expressão "al-qol-kavod" - a rigor, "sobre toda glória" - pelo doutrinal e equivocado "sobre todas as coisas, a sua glória"...
Tsc tsc tsc...
Não é que a fórmula hebraica seja difícil de traduzir - o tradutor é que, vendido por suas doutrinas, enfiadas até o cerebelo, não consegue... Simplesmente, não consegue...
Lutero, que nada.
Is 4,2-6.
O resto, é mais do mesmo, mas em doses homeopáticas...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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