domingo, 3 de novembro de 2013

(2013/1311) O sentido da (minha) vida


Não estou realmente interessado em saber o que o Universo é no todo para, assim, descobrir o sentido de minha vida. Não mesmo. Dependêssemos dessa informação, a vida não teria chegado até aqui, e não seríamos sete bilhões de pessoas vivas ao mesmo tempo, sem contar as que já se foram. O sentido de nossas vidas será, sempre, uma invenção nossa, minha, sua, da família, da tribo, do povo, da nação, da humanidade. Uma vez que somos dotados da capacidade de decidir, de escolher, de inventar, de imaginar, de viver, somos nós mesmos que inventaremos e decidiremos o sentido de nossa vida...

Ora, se não é o pai que dá o sentido para a vida do filho, é o filho que o constrói, porque haveria de ser qualquer coisa ou ser acima de nós que o decidiria? Mesmo que sejamos filhos, mesmo que seja esse o mito, não há a menor necessidade de escolhermos o sentido que o eventual pai tem para nós - como nossos próprios filhos seguiram sua vida, podemos seguir a nossa, sem que isso signifique mais do que a expressão de nossa capacidade fundamental de escolher, criar e viver.









OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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