sexta-feira, 1 de novembro de 2013

(2013/1296) Da autoridade como critério

O sujeito cita o herói da Teologia e da Filosofia que ensinou a ele a coisa mais maravilhosa do mundo. Eu retruco, argumentando que o tal do herói tinha manchas na reputação - e em questões relvantes para a matéria em discussão. O sujeito fica com raiva, porque eu "só" olho o lado negativo e não o positivo. Eu respondo, dizendo que lado positivo tudo tem, até o Nazismo, que, indiretamente, beneficiou as pesquisas médicas, ou a tetraplegia de um conhecido, que começou a pintar com a boca...

Eu gostaria que ele entendesse que, se quer argumentar pela fama, autoridade ou condição heroica de seu teólogo ou filósofo preferido, prepare-se para eu retrucar...

Se quer apresentar algo bom, apresente a ideia. Não importa se foi um herói, um joão-ninguém, um anjo, um bandido, um gênio que o disse - se a ideia é boa, é boa.

Não me contradigo?

Não. Se você argumenta a favor da ideia, não importa quem a disse. Mas se constrói seu argumento em cima de quem disse a coisa, e não sobre a própria coisa, o que eu tiver contra o sujeito que disse a coisa, usarei.

Se a validade das ideias depender da condição de caráter ou de qualquer atributo subjetivo e ético de quem a disse, restarão poucas ideias de pé.










OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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