Na aula de hoje, pela segunda vez, contei aos alunos sobre Justino Mártir e seus livros, Apologias I e II e Diálogo com Trifão, nos quais reconhece que os romanos e gregos pregavam as mesmas doutrinas sobre seus deuses que as que os cristãos pregavam sobre Jesus - ressurreição, nascimento de virgem, ascensão ais céus, taumaturgia... Ou seja, enquanto os crentes foram ensinados (errado) a respeito da unicidade de Jesus, os primeiros cristãos estavam carecas - e põe carecas nisso - de saber que o que eles pregavam de Jesus era a coisa mais comum em todos os deuses da época, grosso modo...
Um aluno: mas professor, a diferença de Jesus são as provas, né?
Ah?
Sim, temos o túmulo vazio...
Ah?
Eu estive lá, você vê o túmulo vazio... Os outros deuses não têm túmulos vazios...
É, não têm - e, acredite, nem Jesus: o que você visitou é como os setecentos dentes de São Patrício, espalhados pelas mil igrejas do mundo...
Prova nada não, né?
Não, mas dá uma fé danada, dá...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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