quinta-feira, 8 de agosto de 2013

(2013/812) Tautologia - "os homens vêem como humanos" - e veriam como o quê?, ornitorrincos?


Por que meios retóricos alguém que não acredita ou na realidade objetiva do real ou na capacidade objetiva humana de lidar com essa realidade objetiva pode afirma isso?

Se o sujeito vai dizer que o real não existe, ele primeiro tem de acreditar na capacidade epistemológica objetiva humana para constatá-lo - de outro modo, se o homem não tem acesso objetivo ao real, como ele pode dizer que o real não tem realidade objetiva? Chute? Palpite? Estética alucinada?

De outro lado, se ele se nega a falar sobre o real, como pode afirmar que o acesso humano ao real é igualmente ambíguo, subjetivo, não objetivo? Só quem tem o real diante de si pode afirmar se o homem pode chegar lá ou não. É o quê? Gosto? Vontade, que dá e passa?

Lamento. Podem dizer que sou fundamentalista, positivista, o diabo, o que quiserem: mas, ao menos, não tenho medo de dizer que, sim, acredito no real objetivo e, sim, acredito na capacidade humana de lidar objetivamente com ele.

O fato de o homem realizar esse acesso em termos inescapavelmente antropológicos, humanos, sujeitos a todos os problemas clássicos, não muda o fato de que ele lida - sim - com esse real de modo objetivo e eficiente. Se o homem é antropos, queriam um acesso ao real o quê?, ornitorrínico?

No fundo, acho que só acreditam mesmo no olhar divino. Como o homem não é Deus, então desacreditam do olhar humano...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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