sexta-feira, 19 de julho de 2013

(2013/752) Casamento é coisa para gente grande


É preciso entender a complexidade do jogo de duas pessoas livres, iguais, em relação de livres e iguais...

Qualquer um dos dois deve poder ir a qualquer momento - e o outro deve saber que essa não é apenas uma possibilidade, é um direito.

Qualquer um dos dois deve querer mais do que qualquer outra coisa que o outro fique - o exercício do direito do outro de ir-se deve permanecer em eterno conflito com o desejo de que o outro fique, sem que nenhum dos dois sentimentos vença...

Nenhum dos dois pode humilhar-se para que o outro fique: o desejo que o outro fique não pode ser maior do que a própria dignidade nem se pode enganar-se cuidando que uma relação conquistada com chantagem emocional seja, de fato, uma relação sadia.

Uma relação assim, só com duas pessoas maduras, plenamente conscientes de si mesmas, de sua dignidade, autônomas, inteiras.

Casamentos de gente pela metade só podia e pode dar certo quando uma das duas deixa de ser gente, para ser peça de contrato. Mas, nesse caso, também a outra pessoa não é mais uma pessoa...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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