O século XX trouxe à tona uma forma de experiência do sagrado que dormia, a despeito de iniciações anteriores: a cultura pop de massa, a liturgia de shows como o de Florence and The Machine...
Para todos os fins, está-se, aí, em culto.
Não resolve a distinção de que, na religião, há o discurso de uma "outra realidade" por trás da cena: é sempre na cena, no xamã, do padre, no pastor, que tudo começa e acaba...
É a mesma coisa aqui: não há uma deusa além daquela que encena sua catarse litúrgica, eventualmente, com as mesmas substâncias xamânicas - se me entendem...
Não acredito que substitua a religião.
Para alguns, todavia, sim - e com superiores vantagens...
Estou, todavia, apenas dizendo que a religião é uma experiência do sagrado. Uma, não "a". É apenas a concentração histórica de uma forma embrionária bem-sucedida. Mas está longe de ser a única forma de experiência do sagrado...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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