Como eu leio textos?
Criticamente - sempre.
A primeira coisa que faço, sempre, é fechar a guarda.
Mesmo quando são amigos a escrever, não dou tréguas: guarda fechada.
E faço assim:
a) do que ele está falando?
b) o que está dizendo sobre isso a respeito do que está falando?
c) como está dizendo isso?
d) com base em que pode dizer isso?
Se pelo menos uma dessas perguntas não puder ser convenientemente respondida, o texto, para mim, não tem sentido e, por conseguinte, valor.
Talvez seja apenas um problema do texto. Quero dizer, talvez quem o escreveu tenha algo a dizer, mas o fato é que não soube. E, como se trata de ler, e não de conversar, não adianta ter o que dizer e não dizer. Logo, o texto não diz coisa com coisa.
Coisas que me fazem parar de ler:
a) o texto fala de coisas que não se podem pegar com a mão;
b) o texto fala que não se pode chegar a uma conclusão sobre nada;
c) o texto fala que a realidade é inatingível;
d) o que fala que não se pode comunicar convenientemente;
Ou seja, nehem nhem nhem pós-moderno, rejeito.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Nenhum comentário:
Postar um comentário