
1. Edgar Morin chama a isso de "ecologia da ação". Agora, meus amigos, é ver onde a água vai empossar...
Os confrontos sem fim entre manifestantes e policiais que se estenderam até a madrugada, especialmente no Rio e em Brasília, ameaçando a invasão de prédios públicos, inclusive o Palácio do Planalto, acendeu o alerta vermelho no governo, e a presidente Dilma, depois de cancelar as viagens que faria hoje a Salvador, na Bahia, e na próxima semana ao Japão, convocou esta reunião de emergência, da qual participam, entre outros, os ministros Aloizio Mercadante, da Educação, José Eduardo Cardoso, da Justiça, e o líder no Senado, José Pimentel (PT-CE).
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
Um comentário:
Olá, grande Osvaldo.
Se isso tudo resultar no que é principal, a reforma política irrestrita e completa, o movimento terá conseguido mudar estruturalmente o Brasil. Se não conseguir isso, fica só a economia de 20 centavos por mais uns meses e nada muda. Dilma falará à nação. É uma mulher inteligente; saberá como sair dessa. O grande problema é que a manifestação agora terá de buscar a mudança de status, para se tornar um movimento social. Com o MPL fora, por conta dos vândalos e das bandeiras fascistas e de direita que querem aproveitar o momento, fica a pergunta sobre quem vai sentar à mesa de negociações. Não se negocia com manifestação de pleitos difusos, pois não se sabe o que se busca, já que todo mundo busca algo e nem sempre o alvo é o mesmo. Vai ser difícil, mas começo a sonhar com um povo acordando e com a morte do ideário neoliberal. O modelo capitalista está em bancarrota. Acho que será bom sabermos aproveitar isso por aqui e darmos o tiro de misericórdia. Mas é preciso pensar muito, pois manifestação de senso comum não muda estruturalmente as coisas. A manifestação precisa se tornar movimento com uma bandeira definida e creio que não há uma melhor do que a mais eficaz para o combate à corrupção que engessa a nação: Reforma política já!!
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