1. Num mundo tomado por potências bélicas formidáveis, possuidoras de arsenal atômico invejável, quais são as nossas opções?
2. Desenho algumas:
a) seu país é pobre, não tem riquezas naturais e nem posição geográfica estratégica - então, não se preocupe: se sua população morrer de fome, entrará as estatísticas, mas o arsenal atômico não é uma ameaça específica a você;
b) seu país é pobre, mas tem reservas naturais - você está em sérios problemas; mais cedo ou mais tarde, os coronéis do mundo inventarão uma desculpa para invadir seu território, seja militarmente, seja por meio de suas empresas de fachada;
c) seu país é pobre, mas é estrategicamente localizado - pode se preparar: seu território já é palco de ação das superpotências nucleares. Um ou outro lado jogará o jogo sobre seu território, instalará suas bases, guardará suas fronteiras...
3. A conversa mole de desarmamento serve, apenas, às potências nucleares, que, elas mesmas, esteja certo, não se desarmarão é nunca.
4. O fato de se usar a "escalada" atômica dos países do "eixo-do-mal" para, retoricamente, apeaçá-los é parte da encenação mundial: nós, que somos os representantes do mundo, de Deus e dos homens, podemos ter 1.000.000.000.000 de ogivas - vocês, não.
5. Como me soa cristão esse discurso!
6. Se há algo cristão no Ocidente militar e imperialista é essa retórica cínica...
7. No mais...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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