quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

(2013/151) Isso e aquilo, nem isso nem aquilo - um padrão


1. Nem direita nem esquerda, ela diz. Nem manutenção nem revolução, repete-se. Nem de centro nem de periferia. Nem política é, diz-se - é outra coisa. Mas é tudo ao mesmo tempo - e é nada...

2. Estranho isso.

3. Sinto um desconforto, porque o que não se define, arrasta sem pensar...

4. É como quando se diz que a utopia é o que está aí e o que não está, aquilo onde fui e onde nunca fui, aquilo de onde vim e aquilo de onde não vim... O que é, de fato, que se está a dizer aí? Nada.

5. Essa ambiguidade retórica não fica bem no Ocidente. Talvez até funcione na mentalidade extremo-oriental, não sei -mas na nossa, não funciona: e quem opera nesse diapasão opera na sob o regime do diversionismo: não dizer absolutamente nada, mas dizendo tudo...





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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