quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

(2012/875) Breve crônica-conto sobre um sujeito que não existe, mas está por aí

1. Ele se dizia e tomava por um teólogo metafórico, mas, quando leu Joevan Caitano usar expressões fálicas para referir-se a Deus, considerou inadequada a metáfora...

2. Perguntado sobre "como assim "inadequada" a metáfora?", ele confessou que, no fundo, tem uma ideia ontológica de Deus, e, à luz do que Deus é, ontologicamente falando, algumas metáforas são apropriadas, outras, não...

3. Mas, mesmo depois de confessar esses arrazoados, ele ainda continuou se dizendo e tomando por um teólogo metafórico...

4. Não houve quem o fizesse entender que, se ele é um teólogo metafórico, então Deus é apenas e mera metáfora, use cada um a que quiser...

5. Mas é que ele não é metafórico, ele é ontológico, e apenas usa figuras de linguagem, confundindo retórica com semântica...




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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