(2012/258) Growing Together - a Europa se fazendo de vítima

1. O apelo imagético é Kill Bill - observe-se a roupa amarela que a "Europa" veste. A cena é aquela em que Kill Bill destrói todos aqueles inúmeros inimigos. Kill Bill é a Europa.

2. Ela é atacada, primeiro, pela China - kung fu. Depois, pela Índia - kalaripayattu. Finalmente, pelo terceiro agressor - Brasil - capoeira. Todos juntos - os BRICS (a faltou a África do Sul [de fora, porque é branca?]).

3. Unida, a Europa faz com que todos os inimigos desapareçam, e senta-se, soberana.

4. Um acinte.

5. Cada vez mais, menos desejo ir, um dia, àquela terra - assenta-se ela sobre a riqueza roubada do mundo, e, agora, enfraquecida pela rapina de seus maiores aliados e de seus grandes políticos, inventa um inimigo - o mundo!, nós!, nós, brasileiros, povo pacato - para catalisar a bovina energia de seu povo não contra os culpados domésticos, mas contra os outros - nós.

6. Europa, Europa, de sangue. Das Cruzadas e rapina. Das guerras de religião e rapina. Das Caravelas e rapina. Das Colônias e rapina. Do Nazismo e rapina. Do Fascismo e rapina. Do Capitalismo e rapina. Europa - rapina é teu nome.

Growing Together

 

7. Não é possível que essa "peça" de propaganda oficial represente o povo europeu. Não posso crer. Deve, antes, representar bem o ideário ideológico de uma camada política já em marcha, preparando a retórica para fazer do povo europeu, como sempre, a massa de manobra para o gosto do poder.

OSVALDO LUIZ RIBEIRO