sábado, 30 de janeiro de 2010

(2010/112) Cláudia Teles e Marizinha


1. Só tivemos TV lá em casa quando eu tinha 13, 14 anos. Se bem que na casa de meus avós e, eventualmente, na vizinha, houvesse TV - que, de vez em quando, víamos -, lá em casa mesmo, tudo era o rádio. E o rádio tem a magia de não deixar você saber como é a fisionomia de quem canta. Você só ouve a voz, fica hipnotizado. Quando Bel e eu casamos, em 1987, estávamos tão pobres que não tínhamos TV, só um rádio-relógio, presente do Josué (que a enchente de 1988, em Mesquita/RJ, vai afogar em 1,5 de lama - mas ele vai sobreviver!). Sentados no chão da cozinha, ouvimos quase toda a novela Pantanal ali, no rádio. Era mágico - uma experiência transcendental... Mais tarde quando pudemos assistir à novela na TV, duvidamos que se tratasse da mesma coisa - não, não, Pantanal era milhares de vezes mais fantástico do que aquilo que, agora, estava ali, diante de nós...

2. Há muitas memórias sem rosto na minha cabeça. Hoje, acordei com a provocação do Nassif, de recuperar as bandas de rock dos anos 70. E, então, acabei me lembrando de duas vozes mágicas daquela "era" - Cláudia Teles e Marizinha... Nossa, mãe! Quem as ouviu e ouvir de novo, vai voltar até lá, onde estava. Que coisa boa essa Internet...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

2 comentários:

Sandro CS disse...

Meu caro Osvaldo,
Nessa tórrida manhã de domingo, seu post me veio como um bálsamo. Seu relato da infância sem TV, da TV na caso do vizinho, do casório sem grana, sem TV... enfim... muito da minha própria história se assemelha a tudo isso.
Mas também me identifico nas lembranças da voz de cristal da Claudinha Telles - que é mesmo um anjo. De quebra, ainda matei saudades da Marizinha!!!
Valeu. Abraços.

Peroratio disse...

As coisas boas e as coisas ruins acontecem a todos - é verdade... Eram tempos difíceis. Mas duvido que não queiramos que eles voltem...

Voz de cristal... É isso!

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