domingo, 22 de novembro de 2009

(2009/608) Nós e nossas culpas


1. De um lado, o mais comum dos cristãos - de todos os Vaticanos, de toda Wittenberg, de Genebra inteira, de Londres, de Constantinopla, de Lousanne - até do Texas e arredores! Todos eles... De outro, a TdL, cercada por alguns políticos de estirpe latino-americana. Que estou a fazer? Estou refltindo sobre essa máxima de Nietzsche: "o fato de se atribuir o seu sentir-se mal aos outros ou a si mesmo - o primeiro o faz socialista, o segundo, por exemplo, cristão - não faz propriamente diferença alguma" (Crepúsculo dos Ídolos, 34). Ler Nietzsche põe à minha frente a fileira de cristãos do mundo, a ruminá-los... E, então, faço-me a pergunta: mas em que raios de redil agora hei de colocar a Universal, cuja culpa não é nem si mesmo nem os outros, mas o diabo?

2. Mudando de perspectiva a questão - só devia haver inferno para alguns cristãos. Apenas alguns. Calvinistas não podem ter inferno: a culpa é, sempre, de Deus. A TdL só poderia conceber um inferno à moda de Sartre... Para a Universal, fique o inferno para o diabo e seus anjos. Só para a nata moderada dos cristãos, alguma coisa entre piedosos e ortodoxos, é que faz sentido um inferno: mea culpa, mea maxima culpa...



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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