1. Como Ben E. King, você pode cantar sozinho. É mais ou menos como eu faço Teologia, pensando sobre ela, sozinho, os livros e eu, Bel lá em cima, os meninos a tratar da vida. Isso é meu canto... Digo "sozinho" em termos, porque ler livros não é bem fazer "sozinho" - livros, dizia Adler, são "professores ausentes". Dar aulas - e as dou, desde 1993 - não é bem fazer "sozinho". Quantas postagens de Peroratio meus alunos, às vezes sem saber, arrancaram-mas? "Sozinho", aí, significa, melhor dizendo, como que em "estúdio". Não necessariamente uma "torre de marfim", mas meu lar, minha casa, meu mundo, esa, sim, minha verdadeira comunidade...
2. Ou você pode fazer o mundo todo cantar. Regê-lo. Fazer parte da orquestra. Ligar os aparelhos. Pagar a conta... Refiro-me aqui à Teologia engajada, de estilo Teologia da Libertação, de, como disse-me Nancy, subir em caixotes, sob a lona... Ou, eventualmente, como Teresa, de Calcutá, ou Dulce, mais nossa... Como se gosta de dizer, quase ideologicamente - em "comunidade"...
3. Escolhe. De um jeito ou de outro, o mundo fica muito mais bonito... Porque o importante não é como você faz, mas com que intensidade a sua alma vibra ao toque da vida, seja a sua um de quatro ou de sete cordas....
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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