sábado, 30 de maio de 2009

(2009/311) A vida joga Spore


1. Ano passado, a Eletronic Arts lançou um jogo de simulação da "vida" - em regime de "evolução" - SPORE. Eu comprei e joguei. É muito bom. Você começa como uma pequena célula no imenso lago pré-biótico, vai devorando outras formas de vida, cada vez em níveis mais profundos, até chegar à lama carbonífera... - o capitalismo já existia, então! -, transforma-se em vertebrado, sai da água, vai para o mundo pré-histórico, continua sua sanha capitalista, evolui, torna-se inteligente, forma tribo, preda, caça, mata, evoliu, vai para o espaço e conquista o Universo... É uma "viagem" - com a vantagem de (se não for pirata a sua cópia), a polícia não ficar no seu pé...

2. Nesse jogo, você dá a forma que imaginar para sua criatura. Há formas verdadeiramente extraordinárias por essa mundo afora, criadas por já milhões de jogadores. Veja essa criatura, por exemplo:

 
 




3. O que você me diz - o jogador de Spore que o criou é ou não é "criativo"? Pois bem - quem o criou foi, escolhe aí, vai, ou "Deus" (ou a Deusa, ou os deuses, os detalhes me escapam) ou a Natureza, a Evolução, o Acaso. Trata-se de um Glaucus atlanticus, um nudibrânquio, que vive em regiões da Austrália. Como é um nudibrânquio, ele é venenoso, já que se alimenta de anêmonas, que são venenosas, mas não para ele, que, além de ser imune ao veneno delas, usa-o para sua própria proteção.

4. Mas não se preocupe: quem o criou teve o cuidado de fazê-lo bem pequenininho (cerca de 35 milímetros), só para você não ter a desagradável experiência de se encontrar com ele, quando tiver tomando banho de mar, e se machucar. Porque você sabe, tudo foi feito pensando em você, não é mesmo?







OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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