quinta-feira, 29 de março de 2012

(2012/335) Sobre pequenas repercussões de um texto meu "chupado" pelo Genizah

1. Sou informado por um leitor, Molina, sobre a postagem de um texto meu no blog Genizah. O texto é esse: (2012/144) Se isso não é Teologia da Prosperidade - é o quê? Qualquer um que o ler saberá que se trata de uma ironia carregada de desabafo. Nada "sério", em sentido de ter a preocupação de embasar com trezentos e dezoito argumentos cada frase.

2. Mas não acho que esteja "confuso". Está? 

3. Molina me diz que os comentários lá parecem demonstrar que não entenderam o texto. Fui ler. De fato, alguns estão apopléticos, porque "o irmão disse que a Bíblia tem contradições". Outros, que não entenderam onde eu quis chegar...

4. Não leram. Passaram os olhos. Depararam-se com algo de que desgostaram, pararam de ler e perguntaram, retoricamente, onde eu quis chegar.

5. E, todavia, o que eu disse lá é mais claro do que água sanitária: quem fala mal da Teologia da Prosperidade, mas, ao mesmo tempo, usa Malaquias, das duas uma, não entende Malaquias ou entende, mas que se dane, fala mal assim mesmo. Eu ainda acrescentei que detesto a Teologia da Prosperidade - e Malaquias também. Quem gosta deste, e desgosta daquela, bem, tem problemas. Malaquias 3,10 é Teologia da Prosperidade. "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança".

6. Primeiro, levar os dízimos à casa do tesouro: com isso, adquire-se uma espécie de compromisso de Deus; porque se disse obrigado a isso, Deus está sob prova - o dizimista pode e deve pôr Deus à prova; isso no caso de Deus, antes, não ter abençoado sobremodo o fiel, com bênção tal, que sobrevenha sobre ela abundância. Ou seja, ao dizimista é prometida abastança e bênção como retribuição ao seu ato de "dar" - num pacote só: Teologia da Retribuição (quem dá, recebe) e Teologia da Prosperidade (recebe abundantemente).

7. Eu posso estar errado - é coisa de alguém mostrar onde está o erro: e não será com bravatas do tipo: ah, o irmão está falando que a Bíblia tem contradições. Tem. Uma não, dezenas. Pudera - seus textos varrem um período de mais ou menos mil anos. Israel mudou de teologia tantas vezes - como se pode manter a mesma doutrina por mil anos? Se Paulo que é Paulo, desses de ir ao céu e tomar chá, mudou de ideia, quanto mais os pobres judeus da época das "sombras" de doutrina não mudariam não uma, mas duas, três, dez vezes de ideia...

8. Mas não vou gastar tempo tentando explicar o que eu disse, se o que eu disse está claro: Malaquias é Teologia da Prosperidade na veia, sem anestesia. Recomendo procurar a dona Maria, professora de Português do Ginásio - lembram? - e pedir para ela ler Malaquias 3,10 e dizer, pelo amor de Deus, professora, se isso é Teologia da Prosperidade, porque o Osvaldo está dizendo que é... Eu já disse o que tinha a dizer: é a vez de dona Maria.

9. Molina, espero que, a despeito de ainda mais ironia, eu tenha re-esclarecido, a você, que se dignou a perguntar, o que eu quis dizer. Se algum deles, comentaristas indignados e afobados, tiver a dignidade que você teve, de perguntar a quem escreveu, estou aqui - mas não vou lá, não. Mas não me furto a responder, quando diretamente questionado.

10. Algo mais?



OSVALDO LUIZ RIBEIRO

7 comentários:

Viviana Carolina Mendez Rocha disse...

Poxa o povo está viajando na maionese nesses comentários!! Faz rir demais... ou chorar, ao ver os argumentos absurdos com que saem... mas poxa, entender o texto dessa forma, tudo errado, é porque estão presos aos velhos ensinamentos, gravados a fogo nos cérebros deles, falando da Bíblia que não se contradiz, e tentando idealizar o AT como imagem do NT... contra esses tapa olhos fica complicado, para eles entenderem de verdade teriam que ter aulas com o senhor!

Peroratio disse...

Vivi, nem assim: tem quem tenha tido aula comigo e pensa igualzinho os caras de lá. Com uma diferença - provavelmente os caras de lá nunca viram outra coisa. Já alguns alunos meus... Ponto pros de lá...

Danilo disse...

Oswaldo,
Concordo de A a Z. Por isto postei o texto. Já disse a mesma coisa algumas vezes. Dizimo á coisa de outra aliança, mas... são mentes cauterizadas. Seguimos provocando, 50 mil por dia, se fechar com 10% fico feliz.
Abs,

Danilo. editor do Genizah

Danilo disse...

Ah...
O texto não foi chupado. Esta lá autoria. referencia e link.

Molina disse...

Estou satisfeitíssimo com sua explanação sobre as pequenas repercussoes... na verdade, eu tinha entendido qual era sua intenção inicial, mas, diante dos questionamentos, julguei produtivo consultá-lo.

Nessas horas penso: até que ponto vale a pena ler os comentários? (rsrs) Pois, geralmente, tem sempre um monte de gente que só quer polemizar, discordar por discordar ou, no mínimo, que não se dá ao trabalho de tentar entender a tese apresentada pelo autor do texto, usando de empatia... é uma pena!

Mas, repito: Gostei do texto e da resposta final dada pelo irmão!
Deus o abençoe e a todos por aqui (e lá no Genizah) tbém!

---
MOLINA

Peroratio disse...

Danilo, "chupado" quer dizer só isso mesmo: copiado com crédito. Quanto à questão de velha e nova "aliança", bem, essa é uma outra questão. Não tratei disso ali: foi só uma questão de leitura do que está escrito em Ml 3,10.

Viviana Carolina Mendez Rocha disse...

Eu sei, professor, que alguns dos seus alunos falam a mesma coisa que os dos comentários lá. Acho absurdo, mas fazer o que. O problema dos que comentaram o seu texto foi, como Danilo Fernandes disse, o eles terem as mentes cauterizadas. Eles preferem ficar presos ao que aprenderam desde sempre.

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