segunda-feira, 29 de junho de 2009

(2009/379) De velhos e novos crentes


1. Ontem se dizia: "creia-se assim e assim. Isso é o certo!". Aí veio Kant, o primeiro, depois da longa série de pré-diabos do XVII inglês e francês, fazendo-se seguir pela igualmente longa fila dos diabos do XIX alemão. Uma Revolução entre duas legiões - foi demais para os velhos crentes.

2. Aí foi a ocasião de eles apenas adaptarem-se. E, então, dizem: "cada qual creia como quer. Isso é o certo!".

3. O que há de comum entre ontem e hoje, entre os velhos e os novos crentes? Eu vejo em comum o fato de que não querem se deixar tocar, nem a si, nem à sua crença - é seu cristal frágil, protegido à custa da multiplicação indiferente dos cristais...

4. É profundamente lamentável essa patologia... conquanto politicamente democrática...

5. O quê? Se eu sei o certo? Claro que não! De outra forma, como me faria um crítico?


OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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