O cara não vai com a sua cara, então ele não vai ouvir você. Ponto. Perde tempo tentando dialogar aquele que tenta com quem não o engole. Esquece.
É verdade que diálogo não deveria depender disso. Mas, ei, ou, é a vida real, OK?, de modo que é assim e pronto: se o sujeito não arreganha as canjicas para você, esquece que é tempo perdido...
Por outro lado, se ele é uma maria-vai-com-as-outras, que desgraça: outro tempo perdido. Não há diálogo, mas eco. Uma porcaria. Tudo que você diz o sujeito anota, escreve, registra, rabisca, com aquela cara de quem está aprendendo alguma coisa...
O ideal, mas é raro, é encontrar gente insensível. Não interessa quem você seja: interessa o que você tem a dizer. Ouve-se, analisa-se. Não importa quem você cita: a mula de Balaão ou Habermas, tanto faz, porque não há autoridade para pessoas insensíveis. Se Deus, qualquer dos 300.000.000 que há por aí, é o que dizem, desce à terra ou sobe dos infernos e diz que A é A, você pergunta por que. Dane-se que seja um deus a dizer. Dane-se. Prove, demonstre, argumente. Ou cale a boca. Autoridade na pesquisa é meuzovo... A única autoridade que pode haver é o fato e o argumento. E mais nada.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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