sexta-feira, 20 de março de 2015

(2015/293) Pós-modernidade como alma do neoliberalismo

Minha tese, que, se eu tivesse tempo e saco, iria investigar, é essa: as teses pós-modernas são o corolário epistemológico-político necessário, criado e promulgado pela era do capital sem lastro.

Em 2008, mas já não se fala sobre isso, porque os responsáveis ligaram outras "questões" para com elas nos preocuparmos, a bolha financeira estourou. Os trilhões de dólares que não existem engordavam milhões de contas - contas reais, mas dinheiro fantasma, porque a riqueza financeiranão corresponde mais a nenhum bem real, ela não existe no mundo real, ela é meramente imaginária, fruto de crença e "confiança", em acordos, baseada em papéis que não serviriam para recolher merda de gato. É o que valem: merda de gato.


Ora, como um mundo financeirizado, monetarizado, mas cuja riqueza de fato não existe, é mero "crédito", poderia subsistir na mente das pessoas em uma sociedade crítica, alicerçada no valor do mundo material, real, concreto, racional?

Não funciona.

A alternativa, que funciona e funcionou, e tanto que invadiu até a cabeça de acadêmicos, é destruir a base social do vínculo material e racional. A ideologia moderna serviu ao ciclo monetário moderno, baseado em riqueza guardada em cofre, em indústrias de ferro e tijolo, mas, agora, não serve mais. Não há riqueza guardada em cofre, mas valores digitais em HD.

O que fazer? Destruir a base de crença racional/real e substituir por uma ectoplasmática fusão entre real e irreal, entre concreto e imaginário, destruir o discurso de fundamento, de base sólida, criar os conceitos de pós-modernidade...

Quando eu vejo gente de "esquerda" manejando esse discurso, em fico em dúvida se se deixou enganar ou se apenas saiu do armário...










OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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