Quando a fé do sujeito ainda está lá, e no mesmo formato antigo, mas não é suficientemente forte para arrancar dos neurônios do cérebro que a anima a dose suficiente de sanidade e lucidez para entregar-se a dogmas religiosos como retratos da verdade, então a mente desse sujeito reúne todos os interessados numa grande távola e constrói a saída universal para essa alma: transforma as doutrinas em poesia...
Não se enganem, é estratégia psicológica - enganar-se que, com poesia, estamos fazendo outra coisa que não a velha teologia dos mitos. Mas ela é tão sutilmente disfarçada que até o poeta não acredita que está fazendo a mesma coisa que Buda, Jesus ou Mohamed...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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