domingo, 25 de maio de 2014

(2014/506) Eu sei o que é um (batista) fundamentalista - porque já fui um


Roubei do Vanderlei Frari. É óbvio que, hoje, considero essa "leitura" o resultado de um processo de fundamentalismo megalomaníaco dos batistas dos Estados Unidos. Todavia, converti-me em 1984 justamente em uma igreja "herdeira" daquelas tradições. Assim, sem quase nenhum esforço adicional do pastor, tornei-me um batista de coturno e espada, fundamentalista como poucos, um típico "batista roxo insuportável". Para mim, ser cristão era ser batista. Ser cristão perfeito era ser batista da minha igreja. Você é muito susceptível, quando se converte, a fazerem com a sua cabeça o que quiserem. Eu era imaturo, um crianção tolo e sincero, e entreguei minha cabeça de bandeja...

Depois, no seminário, lavei tudo com soda cáustica e salvei-me...

Mas essa figura representa exatamente o que um batista clássico, de herança sulista estadunidense, pensa. Quer dizer, não pensa...

Não sei se ainda há batistas assim. Os tempos mudaram. Não sei se, todavia, para melhor...









OSVALDO LUIZ RIBEIRO

Um comentário:

Bruno de Oliveira disse...

Acho curioso como o afinco pode fazer com a gente mude radicalmente. Talvez seja justamente isso, radicalmente, amamos a raiz e depois queremos arrancá-la.

Não sei se o senhor conhece "Prefácio a uma filosofia" do Oswaldo Porchat, é um texto muito bonito, do começo da carreira filosófica dele, em que ele narra como passou do catolicismo, pro tomismo, para as dúvidas filosóficas. Mais tarde, até hoje, pelo que sei, virou cético. Bom que seja assim.

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