Do Natal, permanece em mim a mágica da infância, a memória doce do presente pobre, da paupérrima ceia, da falta de tudo, menos da atmosfera de magia, de encanto, de sublimidades e excitações ingênuas...
O homem que me tornei sabe de todas as coisas por trás do Natal. O homem que me tornei não comemora nada, absolutamente nada, do Natal...
Mas a criança que fui e ainda está aqui ainda sente o gosto da pouca rabanada e aquela vontade raramente satisfeita de comer azeitonas. E, se fecho os olhos, ainda posso ver a cor do plástico daquele brinquedo surpresa, daquela Natal em que, fomos avisados, não haveria brinquedos...
A criança em mim ainda gosta de pensar que o Natal é tudo o que ele não é de fato.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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