Alguém poderá pensar que se pode tratar essas maravilhosa criações de Theo Jansen como novas "formas de vida. Afinal, elas se movem, empregando para isso apenas a força do vento... São, de fato, belas. Não duvido que seu criador possa desenvolver relações afetivas com elas, como crianças que amam as suas bonecas, os seus bonecos...
Mas essas belezas da engenharia e do engenho estão longe, muito longe de serem formas de vida.
Primeiro, não se recompõe. À medida que o tempo as desgasta, desgastam-se passivamente. Se seu criador as reconstituir, elas ainda sobrevivem por muito tempo, mas, depois de muito sol e chuva, se quebram uma peça, a peça ficará quebrada. Não restituem células, tecidos. Nunca tiveram vida.
Segundo, não se movem. É o vento que as empurra, como faz com folhas velhas de papel...
São apenas isso: experiências alguma coisa entre a arte e a técnica, a beleza e a criatividade.
Talvez se possa mesmo extrair algum benefício de longo prazo desse engenho...
Mas, vida: jamais...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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