Acho que há (ainda) uma fatia da sociedade, considerável em proporção, que dependerá de endereçamento mágico: é o que Voltaire considerava interditado ao homem político, ao homem de Estado - desdizer o Deus que castiga.
Talvez seja verdadeira a necessidade de a massa ser (ainda) controlada pela retórica religiosa. O problema, todavia, é quando são canalhas a controlar essa massa... Se os encantadores são homens de bem, vá lá, mas e quando são aves de rapina?
Por isso, acho que o trabalho da sociedade é tornar-se a si mesma independente da retórica religiosa - reinventa um modo de controlar-se a si mesma e defende-se da canalha sagrada...
Anote: vai demorar muito, ainda...
Anote: vai demorar muito, ainda...
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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