domingo, 21 de julho de 2013

(2013/769) Sobre desconstruções - meu amigo Neemias não gosta delas :o)

Desconstruir as coisas sem nenhum fundamento que não o mito e a vontade de crer.

Desconstruir os castelos de areia e as palavras de ordem.

Desconstruir as paliçadas, as cercas de arame farpado.

Desconstruir as quimeras da gente - porque, as dos outros, as nossas desconstroem todo domingo à noite...

E (re)construir sobre fundamentos sólidos, universais, refutáveis, positivos - que qualquer um possa olhar e ver, sem malabarismos de fé e prestidigitações de sentimentos.

(...)

Depois de construídos sobre fundamentos assim, verificar todo os dias os novos muros, a ver se não são frágeis e somente aparentemente sólidos.

Não quer?

Fique onde está: brinque com coisa séria. More dentro dos castelos de areia e passe a vida a impedir que alguém meta o pé neles, sem querer, e eles se desmanchem - como é o caso... Ou, quem sabe, uma onda mais atrevida e lá se vai o castelinho...

Não faz lá grande diferença...

No final, morreremos todos mesmo...

Sempre haverá quem nos leve adiante, a despeito de tanta pedra a gostar de limo...

E, cá entre nós, pedras com limo podem até ser bonitas...

Só não tente usá-las como alpondras: vão jogar você no rio...






OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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