quinta-feira, 27 de junho de 2013

(2013/635) Do uso político do termo "profeta"


O uso da palavra "profeta" tornou-se um mantra político - e isso desde pelo menos Weber.

Havia pelo menos três tipos diferentes de homem de deus (ish ha'elohim - o homem do deus) no AT: a) profetas cúlticos, funcionários reais; b) profetas carismáticos ("mágicos" e extáticos) e c) profetas críticos - ativistas políticos. Quando se usa a palavra, se pesa numa espécie de salada de tudo isso, com ênfase na ética e justiça.

Todavia, não eram do mesmo grupo, não tinham as mesmas ideias e não trabalhavam juntos.

São coisas totalmente diferentes.

Se gosto de pensar que posso ser um deles, ao meu modo, é o crítico - mas é justamente aquele (Amós), que nega que é profeta.

Logo, não me considero profeta.

E não gosto do uso político desse termo.





OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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