O uso da palavra "profeta" tornou-se um mantra político - e isso desde pelo menos Weber.
Havia pelo menos três tipos diferentes de homem de deus (ish ha'elohim - o homem do deus) no AT: a) profetas cúlticos, funcionários reais; b) profetas carismáticos ("mágicos" e extáticos) e c) profetas críticos - ativistas políticos. Quando se usa a palavra, se pesa numa espécie de salada de tudo isso, com ênfase na ética e justiça.
Todavia, não eram do mesmo grupo, não tinham as mesmas ideias e não trabalhavam juntos.
São coisas totalmente diferentes.
Se gosto de pensar que posso ser um deles, ao meu modo, é o crítico - mas é justamente aquele (Amós), que nega que é profeta.
Logo, não me considero profeta.
E não gosto do uso político desse termo.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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