sábado, 15 de junho de 2013

(2013/607) Por que todo homem e mulher bem-informados sobre a religião estão em posição de elite - mas diferem-se entre os conservadores e os críticos da condição alienada do religioso em geral


Da parte de todo teórico, expressando-se a respeito da religião e dos religiosos, há uma dose de elitismo. Em mim, há. Em mim, que sou crítico severo da religião e de religiosos de modo geral - é desde uma posição elitista que me é possível a crítica...

Todavia, senhores, também é de uma posição elitista que os defensores da religião e dos religiosos em geral fazem a sua defesa. Naturalmente que me refiro aos estudiosos, a quem tem as mesmas informações que eu, a quem estudou as mesmas coisas que eu e, todavia, ao contrário de mim, em lugar de assumir a crítica do estado de alienação da religião, acariciam o monstro.

Estão na mesma posição elitista que eu estou - se eles sabem as mesmas coisas que eu. Coisas que sabiam Voltaire, Marx, Feuerbach, Kierkeggard, Schleiermacher, Heidegger, Barth - para alguns, saber as coisas que sabe significa levantar-se contra a alienação: para outros, disfarçá-la, quando não justificá-la.

Estamos, pois, todos, vocês e eu (seus iguais e meus iguais), em posição elitista...

Mas quanta diferença!

Desde minha posição elitista, gostaria de fazer a religião ter a mesma ciência que eu, ter o mesmo conhecimento. Já os defensores elitistas do processo, não: querem-na como está...

Por quê?




OSVALDO LUIZ RIBEIRO

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