A condição inegociável do conhecimento é a equação entre acúmulo e progressão. Você recebe uma informação, conjuga-a com outra e assim por diante. A cada fase, novos conhecimentos, um passo adiante, novos paradigmas, novos olhares, mas, sempre, seguindo em frente - ainda que isso implique, aqui e ali, em maior ou em menor grau, retroceder sobre caminhos equivocados...
É por isso que me sinto no dever de dizer que não há conhecimento algum na teologia clássica - mesmo a "aprendida" em seminários e em faculdades de teologia...
Não há nem informações nem acúmulo de informações aí. Há credos. E as informações são rejeitadas.
Antropologia - rejeitado. Sociologia - rejeitado. Psicologia - rejeitado. História - rejeitado. Rejeita-se tudo que não condiga com o credo...
Oh, sim, no final, você tem uma racionalização dogmática. Mas isso não é conhecimento, é credo, é mito racionalizado.
E, depois, quando tiramos o jeito mitológico da coisa e tratamos como se fosse uma percepção filosófica de uma verdade de fundo, ainda aí não há conhecimento algum, porque conhecimento não é a alma dos mitos, sua essência secularizada - conhecimento é o resultado do diálogo crítico entre a mente humana e o real.
OSVALDO LUIZ RIBEIRO
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